Petrobras (PETR4) cai com 1° tri fraco; estatal dá pistas sobre dividendo extra e planos no exterior

Novo plano de recompra de ações, plano de internacionalização e visão sobre reajuste de preços de combustíveis foram temas de reunião com analistas

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A ação da Petrobras (PETR4) caía nesta terça-feira (14) após a estatal divulgar números decepcionantes referentes ao primeiro trimestre de 2024.

Por volta de 13h (horário de Brasília), a ação preferencial da companhia (PETR4) recuava 1,3%. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,4%.

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A gigante de petróleo e gás anunciou na noite de segunda-feira (13) resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado de US$ 12,4 bilhões, 14% menor ano a ano.

O número também veio 7% abaixo da previsão média de analistas.

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Além disso, com o lucro também abaixo das estimativas, o dividendo regular para o período, de US$ 2,7 bilhões, também frustrou.

Por que o lucro da Petrobras (PETR4) caiu?

Em teleconferência com analistas, executivos da companhia explicaram que a queda no resultado operacional refletiu paradas para manutenção em algumas refinarias.

“Tomamos decisões estratégicas muito importantes, com paradas necessárias em refinarias”, explicou o diretor financeiro da Petrobras (PETR4), Sergio Caetano Leite.

“Mas a curva de produção será mantida”, acrescentou ele na apresentação.

No conjunto, analistas concordaram que o resultado trimestral é negativo, mas não muda o cenário de médio prazo para as ações.

De um lado, BTG Pactual e Goldman Sachs mantiveram recomendação de compra para os papéis.

Em contrapartida, Itaú BBA, Santander Research e Bank of America seguiram com recomendação neutra.

Destaques da teleconferência da Petrobras (PETR4)

  • Empresa planeja novo programa de recompra de ações, quando terminar o atual, em agosto;
  • Anúncios de aquisições na área de energia eólica e possíveis aquisições e parcerias na exploração de petróleo podem vir nos próximos meses;
  • Decisão sobre data de pagamento do dividendo extraordinário referente ao ano anterior virá até o fim de 2024;
  • Investimentos da Petrobras (opex) no 1° trimestre, que ficaram abaixo das expectativas, não serve de referência, pois devem crescer ao longo do ano;
  • Petrobras está confortável com atual política de preços dos combustíveis, não planeja reajustes para breve;
  • Estatal vê suporte para o preço do barril de petróleo na casa dos US$ 80.

Comentários de analistas sobre balanço da Petrobras

Bank of America: Uma agenda mais focada no crescimento em energias renováveis e em fusões e aquisições traz alguns riscos para a tese de investimento da Petrobras. Além disso, os dividendos regulares devem ser inferiores ou iguais aos dos pares para 2025.

Santander: As discussões sobre fusões e aquisições (por exemplo, refinação, petroquímica e energias renováveis) aumentaram nas últimas semanas. Acreditamos que esses fatores podem desencorajar os investidores de terem uma visão mais otimista sobre as ações da PBR no curto prazo.

BTG Pactual: Resultado trimestral não inspirador, mas não serve de referência para 2024. Os pilares para nossa análise seguem firmes. A reação inicial dos investidores aos principais resultados do primeiro trimestre pode ser marginalmente negativa, mas nós seríamos compradores das ações.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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