MRV&Co: Lançamentos caem 43,6% e vendas sobem 4,3% no 1º tri

Ticket médio das unidades lançadas pela incorporação MRV ficou em R$ 285 mil, alta de 35,5% em um ano. Já o preço médio de venda subiu 25%, para R$ 218 mil

Sede da MRV (MRVE3) - Foto: Divulgação
Sede da MRV (MRVE3) - Foto: Divulgação

A MRV&Co fechou o primeiro trimestre deste ano com queda de 43,6% nos lançamentos, na comparação com o mesmo período de 2022, enquanto as vendas líquidas somaram R$ 1,819 bilhão, aumento de 4,3% no período, segundo o relatório operacional da empresa.

A holding MRV&Co é dividida entre as marcas MRV, Sensia, Resia, Luggo e Urba. As duas primeiras formam a frente de incorporação da companhia, com foco em projetos econômicos para o Minha Casa, Minha Vida e logo acima da faixa do programa.

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Nesse segmento de incorporação, os lançamentos atingiram R$ 637 milhões no primeiro trimestre, queda anual de 38,7%.

Já as vendas líquidas foram quase que a totalidade das vendas da holding no trimestre, com R$ 1,801 bilhão, alta de 20,5%. Foi o melhor primeiro trimestre para o indicador, no segmento de incorporação, na história da empresa.

Segundo Ricardo Paixão, diretor-financeiro da MRV&Co, com a resposta positiva nas vendas, a companhia deve “voltar a calibrar mais lançamentos para o segundo trimestre”.

Em evento da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), na terça-feira (11), o ministro das Cidades Jader Filho, reforçou que o governo quer aumentar os subsídios para entrada nas faixas superiores do MCMV. Paixão analisa que isso, aliado a um aumento do teto dos projetos no programa, que também é discutido, poderia aumentar a capacidade de compra dos clientes e o volume e a velocidade das vendas. “Se precisar ter mais lançamento para ter mais venda, vamos fazer”, afirma.

O ticket médio das unidades lançadas pela incorporação da MRV ficou em R$ 285 mil, alta de 35,5% em um ano. Já o preço médio de venda subiu 24,9% no período, para R$ 218 mil.

Paixão afirma que o plano para este ano é subir os preços em cerca de duas vezes a variação da inflação, porque a companhia ainda busca melhorar suas margens nas vendas de projetos novos. “Queremos estar perto de 33% de margem no final do ano e fechamos 2022 em 29%”, diz.

Houve queima de caixa de R$ 119,6 milhões no segmento no primeiro trimestre, ante queima de R$ 354,2 milhões no mesmo período de 2022 e de R$ 286,4 milhões no quarto trimestre.

Paixão afirma que essa é uma surpresa positiva do trimestre, e que a empresa projeta queima ainda menor entre abril e junho e uma reversão do cenário no segundo semestre. “Dado o número do primeiro trimestre, pode ser que tenhamos queima de caixa ainda menor no segundo trimestre, se aproximando do positivo”, diz. A companhia projeta terminar 2023 sem queima de caixa ou com até R$ 200 milhões de geração.

A Resia, subsidiária americana da companhia, teve mais um trimestre de queima de caixa, acentuada pelo fato de não ter vendido empreendimentos entre janeiro e março, algo que Paixão afirma já estar planejado pela companhia. “Nosso plano contempla vendas no segundo, terceiro e quarto trimestres”, diz.

Houve queima de R$ 580,6 milhões, valor 9,2% maior do que no início de 2022. “Essa queima não impacta nos covenants da MRV&Co, uma vez que se refere a financiamentos à construção”, destaca o material que acompanha a prévia.

Luggo e Urba também tiveram queima de caixa no primeiro trimestre, de R$ 34,3 milhões e de R$ 54,2 milhões.

No total, a MRV&Co apresentou queima de caixa de R$ 788,7 milhões, valor 5,4% menor do que no primeiro trimestre de 2022, mas 46,2% superior ao registrado no final do ano.

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