Morning call: agenda fraca nesta quinta-feira obriga investidor a pensar em apostas próprias

O morning call chega nesta quinta-feira (5) indicando que o dia será mais tranquilo do ponto de vista da agenda econômica. Afinal, o único evento relevante será a divulgação do Ivar, que é o índice de variação dos aluguéis residenciais de agosto. O dado é compilado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Dessa forma, o mercado deve se concentrar prioritariamente nos fatos que ocorreram mais cedo na semana. Entre eles, a divulgação do PIB, maior do que o esperado pelo mercado em geral. O crescimento do segundo trimestre foi de 1,4% enquanto que a expectativa era de aumento na casa de 1%.

Então, o momento é de olhar possibilidades de investimento. Por isso, vale a pena checar a matéria em que a Inteligência Financeira mostra – a partir de levantamento – quais são as oito ações que pagam dividendos acima da Selic. Importante lembrar, no entanto, que essa não deve ser a única observação do investidor antes de comprar um papel na bolsa de valores.

É interessante o investidor também tomar contato com a tese de investimento de bancos que recomendam a ação da Eletrobras (ELET3). E, finalmente, vale a leitura de texto que mostra como o Orçamento do próximo ano do governo federal pode impactar os próximos pagamentos de dividendos pela Petrobras (PETR3;PETR4).

Como fechou a bolsa de valores de SP

O Ibovespa encerrou a sessão em alta, acima dos 136 mil pontos, apoiado por ações da Vale e de bancos, em meio à queda dos juros futuros.

A bolsa acelerou a alta após vagas em aberto do mercado de trabalho dos Estados Unidos terem vindo abaixo das estimativas, o que abre espaço para um corte de juros maior do Federal Reserve (Fed).

As declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçando o compromisso fiscal do governo, também contribuíram para o bom humor dos investidores.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 1,31%, aos 136.111 pontos.

Na mínima intradiária, tocou os 134.359 pontos e, na máxima, os 136.838 pontos.

O volume financeiro negociado na sessão (até as 1715h) foi de R$ 16,99 bilhões no Ibovespa e R$ 21,7 bilhões na B3.

Como fecharam as bolsas nos Estados Unidos?

As bolsas de Nova York fecharam o pregão de hoje sem direção única e com movimentos modestos.

O mercado reagiu neste pregão ao relatório Jolts de julho, que mostrou diminuição nas vagas de trabalho em aberto nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo em que o dado corrobora a perspectiva de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), ele mantém os investidores alertas para o risco de recessão da economia americana.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em leve alta de 0,09%, a 40.974,97 pontos; o S&P 500 recuou 0,16%, a 5.520,07 pontos; e o Nasdaq caiu 0,30%, a 17.084,30 pontos.

O destaque negativo do dia ficou com o setor de energia, cujas ações acumularam queda conjunta de 1,42% no S&P 500, seguindo o forte recuo do petróleo no mercado futuro.

Bolsas da Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em queda pressionadas pelo recuo no preço das ações de tecnologia seguindo a divulgação de dados de emprego mais fracos que o esperado no relatório Jolts de julho dos EUA ontem.

O relatório mostrou a abertura de 7,673 milhões de empregos, ante os 8,1 milhões esperados. Hoje, o mercado observa os dados de empregos do setor privado divulgados pela ADP. A expectativa é de abertura de 140 mil novas vagas em agosto, ante 122 mil em julho. A exceção foi a China, cuja bolsa fechou em alta impulsionada por ações do setor imobiliário.

Fechamento no Japão

No Japão, o índice Nikkei caiu 1,1% a 36.657,09 na esteira na queda de ações de tecnologia dos EUA. Advantest caiu 2,9%, Fuji Soft recuou 2,1% e Toyota Motor perdeu 2,2% em meio à valorização do iene, que é negociado em seu maior nível em um mês a 143,489 ienes por dólar (por volta das 6h30).

O conselheiro do Banco do Japão (BoJ), Hajime Takata disse ontem que o banco central deverá elevar os juros para ajustar o grau de acomodação monetário.

Pelos comentários de Takata, o banco fará várias altas de juros assim que os mercados se acalmarem, na opinião do economista Yasuke Matsuo, da Mizuho Securities. Para Matsuo, seria difícil para o BoJ agir em setembro ou outubro porque precisa de mais tempo para analistar as condições dos mercados.

Para os economistas do Capital Economics, o BoJ deverá fazer sua alta final nos juros em outubro. “A economia está se ajustando e a inflação subjacente parece que está se equilibrando em torno da meta de inflação de 2%”, disseram, em nota. Com a inflação mais moderada, os economistas esperam que a próxima negociação salarial resulte em aumentos menores, o que tornaria difícil para o BoJ elevar os juros em 2025.

Coreia do Sul

Na Coreia do Sul, o índice Kospi caiu 0,2% a 2575,50, pressionado pela queda de ações de empresas fabricantes de navios, construção e do setor automobilístico.

Os investidores tiveram um dia de cautela antes da divulgação dos dados de mercado de trabalho da ADP hoje e do payroll dos EUA de agosto, que será divulgado amanhã. GS Engineering & Construction caiu 4,6%, HD Korea Shipbuilding recuou 4,4% e Hyundai Motor perdeu 1,5%.

Hong Kong

O índice Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,1% a 17444,30 pontos com destaque para as perdas do setor de energia, em meio a preocupações com a demanda. PetroChina caiu 2,9% e Sinopec recuou 6,1%. Os investidores agora vão ficar de olho no payroll dos EUA amanhã e nos dados da inflação da China a ser divulgada no início da próxima semana.

China continental

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,1% a 2788,31 pontos, sustentado por ações do setor imobiliário e de seguros.

Segundo o Citi, o setor imobiliário deve entrar em um período de recuperação sustentada, considerando as potenciais políticas de alívio a serem implementadas no segundo semestre. Poly Developments subiu 1,2% e China Vanke avançou 2%. Já a China Life Insurance subiu 0,95%. No setor de energia, PetroChina caiu 1,45% e Cnooc perdeu 0,6%.

Índia

Na Índia, por volta das 6h45, o índice Sensex caía 0,26% a 82.139,89 com os investidores aguardando a divulgação do índice de gerente de compras dos EUA do ISM cuja queda no setor de serviços pode dar mais pistas sobre a desaceleração da economia americana.

Com informações do Valor Econômico