Mesmo com efeito Americanas, lucro do Banco do Brasil (BBAS3) supera previsões no 4º tri
O banco controlado pelo governo federal anunciou que seu lucro recorrente somou R$ 9,44 bilhões.
O Banco do Brasil (BBAS3) teve lucro acima da previsão de analistas no quarto trimestre, mesmo com maiores provisões para perdas com a Americanas.
O banco controlado pelo governo federal anunciou nesta quinta-feira (8) que seu lucro recorrente, que exclui efeitos extraordinários, somou R$ 9,44 bilhões entre outubro e dezembro.
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O número representa um aumento de 4,8% ante mesma etapa de 2022.
A previsão média de analistas consultados pela Inteligência Financeira era de R$ 9,16 bilhões.
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Considerando efeitos extraordinários, porém, o lucro somou R$ 8,86 bilhões, aumento de 3%.
Banco do Brasil (BBAS3): efeito Americanas
A diferença entre os dois números é porque o Banco do Brasil (BBAS3) fez no trimestre uma provisão extra para perdas esperadas com calotes de uma grande empresa.
O banco não mencionou o nome da empresa, apenas que trata-se de uma companhia que pediu recuperação judicial em janeiro de 2023.
A empresa em questão é a Americanas (AMER3).
Na época, o Banco do Brasil (BBAS3) decidiu não fazer uma provisão total para as perdas com o caso, mas complementou a provisão posteriormente.
Com isso, a chamada provisão total do BB para perdas esperadas com calotes no quarto trimestre deu um salto de 52,3%, a R$ 9,98 bilhões.
Além disso, a qualidade da carteira total de empréstimos do banco teve leve piora, com o índice de inadimplência acima de 90 dias chegando a 2,9%.
Esse índice tinha sido de 2,8% no fim de setembro e de 2,5% no final de 2022.
Crédito e margens
Contudo, o Banco do Brasil (BBAS3) mais uma vez mostrou forte aumento dos empréstimos, com a carteira total de crédito subindo 10,3% em 12 meses, para R$ 1,1 trilhão.
O destaque foi de novo o agronegócio, com um salto de 14,7%.
Como consequência da expansão dos financiamentos, a margem financeira líquida da companhia evoluiu 5,8%, para R$ 15,8 bilhões.
A margem menor com clientes foi compensada com bons resultados na tesouraria.
Já as receitas com serviços tiveram alta de 3,8%.
Esse conjunto levou o Banco do Brasil (BBAS3) a uma rentabilidade sobre o patrimônio (ROE) de 22,5%.
Mesmo com uma queda de 0,4 ponto ano a ano, o índice foi um dos maiores do setor entre os grandes bancos.
Projeções para 2024
Carteira de crédito total | +6% a +10% |
Crédito pessoas físicas | +8% a +12% |
Crédito empresas | +7% a +11% |
Crédito agronegócio | +11% a +15% |
Margem financeira bruta | +7% a +11% |
Provisões para perdas com calotes | R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões |
Receitas de prestação de serviços | +4% a +8% |
Despesas administrativas | +6% a +10% |
Lucro líquido recorrente | R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões |