Marfrig (MRFG3) chega a quase 48% da BRF (BRFS3) e avalia investir mais

Executivo disse que Marfrig está confortável com participação atual e que também está atenta à redução do endividamento

Pastagem de bois. Foto: Wenderson Araujo/ CNA Brasil
Pastagem de bois. Foto: Wenderson Araujo/ CNA Brasil

A Marfrig (MRFG3) sinalizou nesta terça-feira (14) estar confortável com a participação de quase metade do capital da rival BRF (BRFS3), mas avalia novos investimentos na rival.

Após novas compras de ações nos últimos meses, a BRF atingiu 47,5% das ações da BRF.

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“Estamos superconfortáveis com essa posição”, disse o presidente do conselho de administração da Marfrig, Marcos Antonio Molina dos Santos.

O comentário veio em resposta a questionamento sobre qual o nível que a Marfrig considera satisfatório de participação na companhia.

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A BRF é dona das marcas de carnes Sadia e Perdigão.

Desde 2019, quando tentou sem sucesso uma fusão com a BRF, a Marfrig vem gradualmente elevando sua posição na rival.

Desde que essa fatia na BRF atingiu 45%, em outubro, analistas têm ficado mais interessados em saber se o ciclo de compra de ações terminou ou seguirá até assumir o controle da companhia.

Segundo Molina, eventuais novos investimentos na BRF dependerão do desempenho da Marfrig nos próximos trimestres, incluindo a geração de caixa.

O executivo citou, no entanto, que a Marfrig também está concentrada em reduzir seu nível de endividamento.

Nós nem distribuímos dividendos, de olho na disciplina financeira, comentou o executivo.

Ações

As ações da Marfrig subiam 4,6% por volta das 15h40 (horário de Brasília) na B3.

No mesmo horário, o Ibovespa avançava 2,28%.

Na noite de segunda-feira, a Marfrig divulgou seus resultados do terceiro trimestre, com números em linha com as previsões, segundo relatórios de Santander, Itaú BBA e Bank of America.

As três casas de análise mantiveram recomendação neutra para as ações.

De julho a setembro, a receita líquida da Marfrig somou R$ 35,65 bilhões, queda de 2,1% sobre um ano antes.
Já o resultado líquido do período foi um prejuízo de R$ 112 milhões, ante lucro de R$ 431 milhões na mesma etapa de 2022.

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