Maior da América Latina: como bom resultado do 2º tri levou Mercado Livre a superar valor de mercado da Petrobras
Balanço positivo animou os investidores, levando a ação do Mercado Livre a subir 10,6%, a US$ 1.776,14, no último pregão da Nasdaq da semana
Os resultados do Mercado Livre no segundo trimestre ultrapassaram as expectativas dos bancos, entregando lucro líquido ajustado de US$ 419 milhões, um crescimento de 103% na base anual.
O balanço positivo animou os investidores, levando a ação do Mercado Livre a subir 10,6%, a US$ 1.776,14, no pregão da sexta-feira (2) na Nasdaq em Nova York.
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Assim, o valor de mercado da varejista digital chegou aos US$ 90,05 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 515 bilhões na cotação atual.
Esse valor consagra o Mercado Livre como a empresa mais valiosa da América Latina, superando a Petrobras, que fechou a semana dia com um valor de mercado de R$ 487,74 bilhões, após as suas ações ordinárias e preferenciais terem queda de 3% na última 6ª (2).
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O resultado veio 23% acima do estimado pelo BTG Pactual e 18,1% a mais do calculado pelo Bradesco BBI. Já a receita de US$ 5,07 bilhões veio 8,2% acima do previsto pelo Itaú BBA.
A operação no Brasil foi o grande destaque sobretudo, no trimestre encerrado em junho, segundo o Goldman Sachs. O valor bruto de mercadoria (GVM, na sigla em inglês) avançou 36% na base anual, enquanto no México cresceu 30%.
O Santander concorda ao pontuar a expansão do GVM além das expectativas. “O crescimento acelerado do GMV no Brasil em um ambiente de varejo difícil destaca os ganhos de participação de mercado, principalmente do varejo off-line para o on-line, em nossa opinião”, afirmam em nota.
No total, o GVM aumentou 20%, ao totalizar US$ 12,6 bilhões, 11% acima da previsão do BTG.
A empresa de varejo on-line sinalizou o retorno da forma antiga de negócio, após recentes períodos desafiadores, segundo o Bradesco BBI, o que deve gerar uma revisão positiva do consenso do mercado.
O segmento Mercado Pago foi um fator de relevância, de acordo com o Jefferies, por apresentar crescimento saudável em adquirência, serviços de crédito e gestão de ativo no Brasil e na Argentina.
A visão é compartilhada pelo Itaú BBA que também destaca a melhoria de carteira e manutenção dos níveis de inadimplência em patamares saudáveis.
Para o Bank of America (BofA), a alavancagem operacional e a receita de anúncios mais forte compensaram os impactos negativos do câmbio argentino e o aumento de provisões de crédito e de custos de logística.
Em relatório, a Ativa Investimentos também afirma que houve redução das perdas cambiais, o que consequentemente impactou positivamente o lucro líquido e a margem.
O Bradesco, Goldman, Jefferies, Santander, Ativa, BofA, Itaú e BTG têm recomendação de compra para o Mercado Livre.
Com informações do Valor Econômico