Lucro do Santander Brasil (SANB11) salta 34% no 3º trimestre, para R$ 3,664 bilhões

Resultado do banco no período bateu as expectativas do mercado financeiro

Fachada do Banco Santander (SANB11). Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto/Reuters
Fachada do Banco Santander (SANB11). Foto: Beata Zawrzel/NurPhoto/Reuters

O Santander Brasil (SANB11) obteve lucro líquido gerencial de R$ 3,664 bilhões no terceiro trimestre de 2024. O que representa alta de 10,0% na comparação com o segundo trimestre e 34,3% ante o mesmo trimestre do ano anterior.

O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 3,473 bilhões.

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O lucro societário do Santander ficou em R$ 3,548 bilhões entre julho e setembro, com alta de 9,2% no trimestre e 34,2% em um ano.

“O desempenho dos nossos volumes resultado da disciplina na alocação de capital, priorizando a atuação em linhas de maior rentabilidade e boa qualidade de ativos. […] A margem financeira foi beneficiada tanto pela melhora em margem de clientes, com melhores spreads, como pelo maior resultado de margem com mercado”, diz no balanço o CEO do banco, Mario Leão.

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SANB11 no 3T2024

O terceiro maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 15,227 bilhões no terceiro trimestre. Com alta de 3,2% ante o trimestre anterior e avanço de 15,8% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 5,884 bilhões, com queda de 0,2% ante o trimestre anterior e alta de 4,7% em 12 meses.

As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 5,334 bilhões, com alta de 2,9% no trimestre e de 13,3% em 12 meses. Já as despesas gerais totalizaram R$ 6,457 bilhões, com aumento de 2,3% no trimestre e de 5,9% em 12 meses.

Enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) – excluindo ágio – ficou em 17,0% no terceiro trimestre, ante 15,5% no segundo trimestre e 13,1% no terceiro trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 15,3%, de 14,4% e 14,3%, na mesma base de comparação.

Por dentro da carteira do Santander

O Santander encerrou setembro com R$ 535,958 bilhões na carteira de crédito. O saldo recuou 0,5% ao longo do terceiro trimestre e cresceu 6,6% em um ano. Desconsiderando o efeito da variação cambial, houve crescimento de 0,4% no trimestre e 6,4% em um ano.

A carteira de pessoas físicas, que é a mais relevante para o Santander, cresceu 0,8% no trimestre e avançou 7,8% em 12 meses, para R$ 250,894 bilhões. O segmento foi impulsionado pelas linhas de leasing/veículos e cartão de crédito.

O financiamento ao consumo cresceu 4,7% em relação a junho e 19,5% na comparação com setembro do ano passado, totalizando R$ 79,013 bilhões.

A carteira de empresas ficou em R$ 206,050 bilhões, apontando queda de 3,8% em relação a junho e avanço de 1,1% em 12 meses.

“A carteira ampliada [inclui avais e fianças] de grandes empresas somou R$ 236,749 bilhões, redução de 4,0% em três meses e 1,1% em 12 meses, reflexo da nossa maior seletividade em busca por retornos mais atraentes”.

Segundo banco, descontando a variação cambial e um caso específico no atacado, a carteira ampliada teria tido queda de 2,1% no trimestre e 1,3% em um ano.

A carteira de crédito ampliada total atingiu R$ 663,503 bilhões, queda de 0,3% no trimestre e alta de 6,1% em 12 meses.

Cartões, conta corrente e mais

Além disso, o Santander Brasil informou que suas receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 5,344 bilhões no terceiro trimestre. Ou alta de 2,9% na comparação com o trimestre anterior e 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

A principal linha de receita é de cartões, que subiu 3,2% na margem, chegando a R$ 1,371 bilhão. Na sequência, receitas de conta corrente avançaram 3,7%, a R$ 920 milhões. E comissões de seguros saltaram 6,6%, a R$ 1,058 bilhão.

“Em comparação ao terceiro trimestre de 2023, as receitas de cartões cresceram 14,45%, devido principalmente à expansão de 15,0% do faturamento de crédito, ancorado pelo avanço de 10% no spending médio e pelo avanço de 5 pp na ativação de cartões em até três meses da contratação”, expõe o banco.

No âmbito das despesas gerais, o Santander registrou R$ 6,457 bilhões de julho a setembro, com alta de 2,3% no trimestre e 5,9% em 12 meses. Foram R$ 3,431 bilhões em gastos administrativos (alta de 2,9% no trimestre e 3,9% em um ano) e R$ 3,026 bilhões em despesas com pessoal (alta de 1,6% no trimestre e 8,3% em um ano).

O Santander terminou setembro com 55.035 funcionários, uma queda de 56 empregados sobre junho e avanço de 704 na comparação com setembro de 2023. O número de pontos de atendimento ficou em 2.374, com queda de 133 no trimestre e 382 em 12 meses.

O índice de eficiência do banco – quanto menor, melhor – ficou em 38,9% no terceiro trimestre, de 39,3% no segundo e 42,5% no terceiro trimestre do ano passado.

Inadimplência no Santander

Por fim, o Santander Brasil encerrou o terceiro trimestre com inadimplência de 3,2% na carteira de crédito, ante 3,2% em junho e 3,0% em setembro do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 4,2% no fim de setembro, ante 4,2% em junho e 4,2% no fim do terceiro trimestre de 2023. No caso de pessoas jurídicas, o indicador estava em 1,7% no fim de setembro, de 1,6% e 1,3%, na mesma base de comparação.

“O índice de inadimplência superior a 90 dias atingiu 3,2% em setembro de 2024, avanço de 0,1 pp no trimestre e 0,2 pp no ano. Especialmente por conta do segmento de pessoa jurídica”, diz o banco.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 3,6% em setembro, de 3,5% em junho e 4,0% em setembro de 2023. Em PF, a inadimplência ficou em 4,9%, de 4,9% e 5,6%, na mesma base de comparação. E em PJ o indicador foi de 1,6%, de 1,6% e 1,9%, respectivamente.

O registro de empréstimos inadimplentes (NPL formation) ficou em R$ 5,902 bilhões no terceiro trimestre. A relação entre o NPL formation e a carteira de crédito alcançou 1,10%, de 1,20% no segundo trimestre e 1,05% no terceiro trimestre de 2023.

O Santander informou ainda que sua carteira renegociada atingiu R$ 29,538 bilhões em setembro, com recuo de 2,5% no trimestre e 14,0% em doze meses.

Com informações do Valor Econômico

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