Lucro do Bradesco (BBDC4) sobe 4,4% no 2º trimestre, para R$ 4,716 bilhões

O resultado do banco no período veio acima das projeções dos analistas do mercado financeiro

Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters
Foto: Dado Ruvic/Illustration/Reuters

O Bradesco (BBDC4) obteve lucro líquido de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre, o que representa alta de 12,0% ante o trimestre imediatamente anterior e avanço de 4,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. O resultado veio acima das projeções dos analistas consultados pelo Valor, que apontavam um ganho de R$ 4,380 bilhões.

O lucro contábil também ficou em R$ 4,716 bilhões entre abril e junho, com alta de 12,0% na margem e de 4,4% ante igual intervalo do ano anterior.

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O segundo maior banco privado do país em ativos contabilizou margem financeira bruta de R$ 15,580 bilhões no segundo trimestre. Com alta de 2,8% ante o trimestre anterior e recuo de 5,9% em 12 meses.

As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) ficaram em R$ 7,290 bilhões, com queda de 6,7% ante o trimestre anterior e 29,3% em 12 meses.

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As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias atingiram R$ 9,317 bilhões, com alta de 5,1% no trimestre e de 6,4% em 12 meses.

O resultado de seguros ficou em R$ 4,644 bilhões, com avanço de 16,2% e queda de 4,1%. Já as despesas gerais totalizaram R$ 14,446 bilhões, com aumento de 8,3% no trimestre e de 10,6% em 12 meses.

O retorno sobre o patrimônio (ROE) ficou em 10,8% no segundo trimestre, ante 10,2% no primeiro trimestre e 10,9% no segundo trimestre do ano passado. O índice de Basileia ficou em 15,2%, de 15,4% e 15,5%, na mesma base de comparação.

Margem financeira

Também no balanço, o Bradesco informou que sua margem financeira bruta foi de R$ 15,580 bilhões no segundo trimestre, com alta de 2,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior e recuo de 5,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A margem com clientes foi de R$ 15,255 bilhões, com alta de 5,0% na comparação trimestral e recuo de 8,4% em 12 meses. A taxa média foi de 8,6%, de 8,5% no primeiro trimestre e 9,7% no segundo trimestre do ano passado.

“O desempenho da margem financeira [com clientes] neste trimestre apresentou recuperação, com crescimento de 5,0% impulsionado pelo aumento do volume médio de negócios em todos os segmentos, com destaque para pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas. A taxa média bruta da margem aumentou 0,1 p.p. no trimestre e reduziu em 12 meses, em conexão com a alteração do mix de produtos de Pessoas Físicas, que aumentou a participação de crédito consignado, imobiliário e rural dentro do portfólio, e pela maior discriminação de risco, privilegiando a rentabilidade pela margem líquida, que evoluiu 19% em relação ao primeiro e 26% quando comparado ao segundo trimestre de 2023”.

Já a margem de operações com o mercado ficou positiva em R$ 325 milhões, com queda de 48,4% no trimestre e revertendo saldo negativo de R$ 96 milhões no segundo trimestre do ano passado.

Provisões contra calotes

Na sequência dos resultados, o Bradesco informou que suas despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) somaram R$ 7,290 bilhões no segundo trimestre, com queda de 6,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior e 29,3% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O resultado líquido de R$ 7,290 bilhões no trimestre é fruto de despesas de R$ 8,465 bilhões mais um ganho de R$ 1,473 bilhão com recuperação de créditos que haviam sido baixados a prejuízo. Há ainda um ganho de R$ 301 milhões com impairment de ativos financeiros e uma despesa de R$ 599 milhões com descontos concedidos.

“A PDD expandida sobre operações de crédito expandida apresentou redução de 0,3 p.p. no trimestre e de 1,6 p.p. no ano, refletindo a melhor qualidade das novas safras nas operações do massificado (PF e PJ) e as melhorias implementadas na jornada de concessão e recuperação de crédito, que geraram maior eficiência na cobrança resultando em maiores receitas de recuperação de crédito”.

O índice de cobertura subiu para 170%, de 164% no primeiro trimestre e também 164% no segundo trimestre do ano passado.

Inadimplência no Bradesco

O Bradesco encerrou o segundo trimestre com inadimplência de 4,3% na carteira de crédito, ante 5,0% em março e 5,9% em junho do ano anterior.

A taxa de calotes de pessoa física ficou em 5,2% no fim de junho, ante 5,5% em março e 6,7% no fim do segundo trimestre de 2023. No caso de grandes empresas, o indicador estava em 0,2% no fim de junho, de 1,5% e 1,9%, na mesma base de comparação. Em micro, pequenase médias empresas, ficou em 5,4%, de 6,4% e 7,0%.

Segundo o banco, houve melhora no indicador acima de 90 dias pelo quarto trimestre consecutivo, “impulsionada pela redução em todos os segmentos refletindo a qualidade das novas safras, que tendem a apresentar um menor nível de atraso”.

A inadimplência de curto prazo (15 a 90 dias) ficou em 3,7% em junho, de 4,1% em março e 4,4% em junho de 2023. No caso de grandes empresas, o indicador estava em 0,2% no fim de junho, de 0,4% e 1,3%, na mesma base de comparação. Em micro, pequenase médias empresas, ficou em 3,7%, de 4,4% e 4,9%.

O registro de empréstimos inadimplentes (NPL formation) ficou em R$ 8,760 bilhões no segundo trimestre. A relação entre o NPL formation e a carteira de crédito alcançou 1,3%, de 1,4% no primeiro trimestre e 1,8% no segundo trimestre de 2023.

O Bradesco informou ainda que sua carteira renegociada atingiu R$ 37,9 bilhões em junho, com recuo de 2,3% no trimestre e 0,3% em doze meses.

Carteira de crédito

O Bradesco encerrou junho com R$ 912,092 bilhões na carteira de crédito expandida. O saldo aumentou 2,5% ao longo do segundo trimestre e cresceu 5,0% em um ano.

A carteira pelos critérios do Banco Central – ou seja, sem considerar avais e fianças; títulos e valores mobiliários; e outros – ficou em R$ 658,082 bilhões, com alta de 3,4% no trimestre e 5,0% em 12 meses.

A carteira de pessoas físicas cresceu 2,5% no trimestre e avançou 5,7% em 12 meses, para R$ 381,775 bilhões. O segmento foi impulsionado pelas linhas de financiamento imobiliário, que subiu 4% no trimestre, e crédito pessoal, com alta de 3,5%.

A carteira de empresas ficou em R$ 530,317 bilhões, apontando alta de 2,5% em relação a março e avanço de 4,5% em 12 meses, com destaque para capital de giro e financiamento ao comércio exterior.

Com informações do Valor Econômico

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