Lucro da Vale (VALE3) cai 15% no 3° trimestre, para US$ 2,4 bilhões

O novo presidente da mineradora, Gustavo Pimenta, diz que o esforço será para transformar mineradora em uma empresa mais ágil e eficiente

A Vale (VALE3) fechou o terceiro trimestre de 2024 com lucro líquido de US$ 2,412 bilhões. O resultado representa uma queda de 15% na comparação com igual período de 2023.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em US$ 3,615 bilhões no terceiro trimestre de 2024. Ou uma queda de 18% na comparação com o terceiro trimestre de 2023.

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Já a receita líquida da empresa entre julho e setembro foi de US$ 9,553 bilhões, recuo de 10% ante o terceiro trimestre de 2023.

VALE3 no 3T2024

O novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta, diz que o esforço será para transformar mineradora em uma empresa mais ágil e eficiente. “Segurança e excelência operacional são elementos inegociáveis dessa jornada”, disse o executivo, que assumiu o cargo em 1° de outubro.

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“Nossos esforços estratégicos serão concentrados em entregar um portfólio de produtos superiores, com foco maior no cliente. Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre”, diz Pimenta em nota que acompanha os resultados.

A Vale anunciou a redução da estimativa de custos para o cobre de um intervalo de US$ 3,3 mil – US$ 3,8 mil por tonelada para US$ 2,9 mil – US$ 3,3 mil por tonelada.

A companhia também informou que alterou o horário da teleconferência de resultados, a ser realizada nesta sexta-feira (25), para 14h.

Em reais, o lucro líquido da Vale caiu 3,44% no terceiro trimestre, para R$ 13,386 bilhões. Já a receita líquida foi de R$ 52,978 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 1,95%.

Enquanto o Ebitda em reais no terceiro trimestre foi de R$ 20,049 bilhões, queda de 7,57% frente a igual período do ano anterior.

Mariana e Brumadinho

A Vale aumentou no terceiro trimestre a provisão relacionada à Samarco para US$ 4,7 bilhões. O crescimento da provisão foi de quase US$ 1 bilhão (US$ 956 milhões).

Segundo a companhia, reflete “a avaliação mais atualizada sobre o potencial acordo com as autoridades brasileiras, as reivindicações relacionadas ao rompimento da barragem da Samarco e a extensão em que a Samarco pode financiar desembolsos futuros”.

No balanço do terceiro trimestre, a mineradora ressalta que a provisão também considera desembolsos que podem ser necessários para a Fundação Renova, criada para ser o veículo de compensação pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), ocorrido em 2015.

Em fato relevante, a Vale informou ainda que é esperada para esta sexta-feira a reunião para a assinatura do acordo definitivo de reparação integral pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco. O rompimento da barragem matou 19 pessoas e causou um dos maiores acidentes ambientais do país.

Também no balanço, a empresa destacou que a dívida líquida expandida — conceito que engloba também possíveis gastos de reparação por Mariana e Brumadinho — totalizou US$ 16,472 bilhões em 30 de setembro, 6% a mais que no terceiro trimestre do ano passado e US$ 1,8 bilhão maior que no segundo trimestre.

Conforme a mineradora, essa alta foi consequência, principalmente, das provisões adicionais relacionadas à Samarco.

Com informações do Valor Econômico

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