JBS (JBBS3) saiu de prejuízo para lucro de R$ 1,646 bilhão no 1º trimestre

Recuperação em quase todas as operações da empresa colocou para segundo plano o efeito vindo do ciclo de oferta ainda baixa de gado norte-americano

Fachada de unidade da JBS (JBSS3). Foto: Divulgação/JBS
Fachada de unidade da JBS (JBSS3). Foto: Divulgação/JBS

A JBS (JBBS3) registrou um lucro líquido de R$ 1,646 bilhão no primeiro trimestre deste ano, após prejuízo de R$ 1,452 bilhão obtido no mesmo período de 2023, quando uma suspensão temporária de vendas de carne bovina do Brasil para a China e as margens apertadas nos Estados Unidos abalaram os resultados da companhia.

Agora, a recuperação em quase todas as operações da empresa colocou para segundo plano o efeito vindo do ciclo de oferta ainda baixa de gado norte-americano. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado disparou 197,3%, para R$ 6,43 bilhões.

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A margem Ebitda alcançou 7,2% no trimestre, um avanço de 470 pontos-base em relação ao ano anterior. A receita líquida aumentou em menor proporção, 2,8%, para R$ 89,15 bilhões, em meio ao cenário de queda nos preços das carnes.

Cerca de 76% das vendas globais da JBS foram realizadas nos mercados domésticos em que a companhia atua e 24% por meio de exportações. Entre as unidades de negócios do grupo, a Seara e a JBS USA Pork foram os principais destaques.

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A queda nos preços das commodities, como milho e farelo de soja que são insumos utilizados na ração animal, reduziu os custos e melhorou as margens destas operações da JBS.

No caso da Seara, que atua com aves e suínos no Brasil, o Ebitda ajustado cresceu expressivos 711,1% no trimestre, para R$ 1,192 bilhão, comparado ao primeiro trimestre de 2023. A margem aumentou 10,1 pontos, para 11,6%.

A JBS USA Pork viu a margem crescer 13,9 pontos no período, para 16,4%. O Ebitda ajustado da unidade teve um forte avanço de 569,8%, para R$ 1,551 bilhão.

Também nos Estados Unidos, a Pilgrim’s Pride marcou alta de 77,7% no Ebitda ajustado, para R$ 2,479 bilhões – o maior Ebitda de todas as operações da JBS no primeiro trimestre.

A JBS Brasil, responsável pelo processamento de bovinos no país, registrou melhora de 2,1 pontos na margem, para 4,5%, enquanto o Ebitda ajustado mais que dobrou, com aumento de 116,9%, para R$ 643,3 milhões.

A exceção foi a JBS Beef North America, que continua afetada por margens menores vindas da oferta menor de gado para abate. O Ebitda ajustado da operação saiu de R$ 115,8 milhões no primeiro trimestre do ano passado, para R$ 48,6 milhões negativos no mesmo intervalo deste ano.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

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