Itaú Unibanco (ITUB4) lucra R$ 9,04 bi no 3º trimestre e reduz despesas com calotes

Resultado do maior banco da América Latina veio praticamente em linha com as projeções de analistas, refletindo alta moderada do crédito e menor provisão para calotes

Agência do Itaú Unibanco. Foto: Divulgação
Agência do Itaú Unibanco. Foto: Divulgação

O Itaú Unibanco (ITUB4) teve lucro recorrente de R$ 9,04 bilhões no terceiro trimestre do ano. O resultado corresponde a uma alta de 3,4% no trimestre e a um aumento de 11,9% sobre o mesmo período de 2022, praticamente em linha com as estimativas dos analistas.

Confira as previsões:

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InstituiçãoPrevisão de lucro recorrenteRentabilidade (ROE)
XPR$ 9,07 bilhões21,9%
SantanderR$ 9,086 bilhões
Bank of AmericaR$ 8,989 bilhões20,3%
BTG PactualR$ 8,816 bilhões

O número apresentado Itaú Unibanco (ITUB4) resultou da combinação de crescimento moderado do crédito, com aumento da margem com clientes e menores despesas com provisões para perdas esperadas com inadimplência.

No fim de setembro, a carteira de empréstimos do banco somava R$ 1,16 trilhão de reais, aumento de 1% em três meses e de 4,7% sobre um ano antes.

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Os destaques foram o crédito pessoal (+18,2% em 12 meses), financiamento imobiliário (+12,1%) e o rural (+36,1%).

Isso ajudou a margem com clientes evoluir 9,3% ano contra ano, para R$ 25,56 bilhões.

Receita maior e inadimplência estável

Já a qualidade da carteira de financiamentos se manteve.

O índice de inadimplência acima de 90 dias ficou em 3%, mesmo índice do trimestre anterior, embora acima dos 2,8% de um ano antes.

Como os indicadores antecedentes apontando melhora das novas safras de empréstimos, o banco fez provisões menores para perdas esperadas com calotes.

Com isso, o chamado custo do crédito, de R$ 9,26 bilhões, foi 1,9% menor na comparação sequencial. No ano a ano, o volume cresceu 15,9%.

As receitas do Itaú com tarifas e serviços totalizaram R$ 10,69 bilhões de julho a setembro, montante 2,7% maior do que um ano antes.

Na outra ponta, as despesas administrativas e de pessoal foram de R$ 14,74 bilhões, 5,8% a mais do que em igual período do ano anterior.

O grupo fechou setembro com 97,5 mil funcionários, queda de 2,9% em 12 meses.

Essa queda refletiu, entre outros fatores, a conclusão da venda da operação na Argentina, onde o Itaú tinha 1,5 mil colaboradores.

No conjunto, a rentabilidade do Itaú sobre o patrimônio líquido, que mostra como um banco remunera o capital de seus acionistas, ficou em 21,1%, alta ano a ano de 0,1 ponto percentual.

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