Índices de NY: Nasdaq sobe; S&P 500 e Dow Jones recuam pressionados por tensão na Ucrânia

Os índices acionários de Nova York operam sem direção única no começo da sessão desta segunda-feira, com as ações de tecnologia revertendo parte das fortes perdas recentes

Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash
Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash

Os índices acionários de Nova York operam sem direção única no começo da sessão desta segunda-feira, com as ações de tecnologia revertendo parte das fortes perdas recentes, enquanto os investidores avaliam as tensões geopolíticas em torno da Ucrânia e da Rússia.

O Nasdaq chegou a oscilar entre ganhos e perdas logo após a abertura da sessão, mas operava há pouco em alta de 0,45%, a 13.852,46 pontos, com as ações de tecnologia operando em alta de 0,31%, revertendo uma pequena parte das perdas de mais de 4% que acumula em fevereiro. O S&P 500, por sua vez, recua 0,24%, a 4.408,37 pontos, e o Dow Jones cede 0,71%, a 34.491,16 pontos.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

As perdas de hoje estendem as quedas anotadas na sexta-feira, quando um alerta da Casa Branca de que uma invasão russa na Ucrânia poderia começar “em qualquer dia” agora derrubou as ações. Após o mau humor crescer na sexta-feira com a fala da Casa Branca e outros países seguiram os americanos e aconselharem seus cidadãos a deixarem a Ucrânia, no fim de semana a tensão ganhou novos contornos. Tanto a Rússia quanto os EUA retiraram funcionários diplomáticos da Ucrânia.

Hoje o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, sugeriu ao presidente do país, Vladimir Putin, que continue no caminho diplomático para solucionar a crise. O tom, porém, não bastou para amenizar o temor dos investidores, que se afastaram dos ativos de risco também na Europa.

Simon MacAdam, economista sênior global da Capital Economics, aponta em nota também que “uma invasão rússia à Ucrânia ou uma aceleração severa das sanções somariam até 2% à inflação das [economias desenvolvidas], sobretudo na Europa”, o que pode alimentar também o outro grande fator pesando sobre as ações nas últimas semanas.

“Dado o cenário inflacionário e os sinais ‘hawkish’ [favoráveis a aperto monetário] dos bancos centrais, a política monetária poderia ser apertada de maneira ainda mais agressiva como resultado disso, embora a política fiscal possa ser afrouxada para diminuir o impacto sobre a renda real”, diz MacAdam.

A atenção dos investidores deve se voltar nesta semana à ata do último encontro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), a ser divulgada na quarta-feira. Antes, na terça-feira, o indicador de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos EUA em janeiro também pode dar sinais sobre a inflação nos EUA. A expectativa é que o PPI avance 0,5% no mês, em relação a dezembro de 2021.

Com Valor Pro, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


VER MAIS NOTÍCIAS