IF Hoje: Bolsa deve repercutir melhora em perspectiva de nota no Brasil
Agência de risco S&P elevou perspectiva de nota do país em positivo pela primeira vez desde 2019
O mercado deve repercutir nesta quinta-feira (15) a melhora na perspectiva da nota soberana de longo e curto prazos do Brasil pelo Standard&Poor’s, divulgado ontem um pouco antes do fechamento do mercado.
A agência de classificação de risco citou “sinais de maior certeza sobre a estabilidade” macroeconômica do país, em um comunicado que pode animar os investidores locais e estrangeiros ao longo do pregão de hoje.
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Para especialistas, também é esperada um acomodamento de carteira dos agentes após a decisão da véspera do Federal Reserve (FED, o banco central americano), que como esperado decidiu manter na véspera a taxa de juros dos Estados Unidos entre 5% e 5,25%, interrompendo um longo ciclo de política contracionista na maior economia do mundo.
Para o operador de mesa de renda variável da B.Side Lucas Mastronomico, a nota da S&P tende a repercutir muito bem no mercado. “Isso é muito bom, pressiona o mercado a (manter) essa maré de alta. Até 70% dos gestores hoje acreditam que Ibov (Ibovespa, cesta com as principais ações da B3) pode ter altas mais fortes”, diz.
André Moura, sócio da Nau Capital, ressalta que é delicado prever o movimentos dos mercados nesta quinta, já que a qualquer momento uma notícia nova pode contaminar o movimento dos ativos – tanto para cima, quanto para baixo -, mas a tendência é, de fato, positiva.
“No curto prazo e no médio prazo, eu acho que a bolsa brasileira pode ser um ativo bem interessante do ponto de vista de retorno”, pontua.
Bolsa subiu forte
No pregão anterior, os ativos de risco voltaram a se valorizar na B3, com clima otimista entre os investidores. O Ibovespa fechou em alta firme, de 1,99%, a 119.068 pontos, o maior patamar desde 21 de outubro de 2022, quando o índice bateu 119.928 pontos.
O dólar, por sua vez, renovou o patamar mínimo neste ano, cotado a R$ 4,80, em queda de 1,14%. O câmbio foi impactado sobre a decisão do Federal Reserve , que manteve os juros americanos. A cotação do dólar é a mais baixa desde junho de 2022.
Agenda desta quinta-feira (15)
- 9h: Dados do setor de serviços em abril (Brasil)
- 9h15: Declaração de política monetária (Europa)
