Ibovespa cai 0,30%, na contramão de NY, e recua aos 130 mil pontos; dólar tem alta discreta

Ibovespa hoje sofreu com a inflação medida pelo IPC-S, que aponta impacto das queimadas sobre o preço de itens básicos, o que reduz otimismo

Fachada da bolsa de valores - Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo
Fachada da bolsa de valores - Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

O Ibovespa hoje encerrou a sessão em queda de 0,30%. Com isso, o índice fechou esta segunda-feira (23) aos 130.676 pontos. Assim, a bolsa dá sequência a um processo de desvalorização acelerado depois do recorde de 136 mil pontos.

“Olhando para o cenário interno, a inflação não está dando respiro”. A afirmação é de Hemelin Mendonça, especialista em mercado de capitais e sócia da AVG Capital.

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Isso porque o IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal ) da segunda quadrissemana de setembro de 2024 subiu 0,21%. Assim, há a percepção de que as queimadas que o território nacional tem sofrido devem acelerar o processo inflacionário.

Além disso, pesa sobre o Ibovespa hoje o fato de o boletim Focus ter mostrado uma projeção de aumento do IPCA. Assim, a projeção para 2024 subiu de 4,30% para 4,35% (antes 4,30%) e de 3,92% para 3,95% em 2025.

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Dólar hoje

Além disso, o Focus mostrou projeção do dólar com um leve aumento, para R$ 5,40 (antes R$ 5,35) em 2024 e R$ 5,35 (antes R$ 5,30) em 2025.

Hoje, o dólar registrou leve valorização frente ao real, com os agentes de olho nas discussões envolvendo a dívida pública brasileira.

Apesar disso, a moeda americana se distanciou das máximas observadas no começo do pregão, em meio a algum alívio relacionado a moedas ligadas a commodities. Além disso, comentários da equipe do Ministério do Planejamento podem ter ajudado a reduzir a pressão sobre o real.

Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,25%, cotado a R$ 5,5344, depois de ter encostado na mínima de R$ 5,5273 e tocado na máxima de R$ 5,5979. Já o euro comercial exibiu depreciação de 0,18%, a R$ 6,1509, em um dia em que a moeda europeia sofreu após dados fracos da economia da região. Perto do fechamento do mercado à vista, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,17%, aos 100,896 pontos.

Bolsas de Nova York na contramão do Ibovespa hoje

Os principais índices acionários de Nova York encerraram o dia em leve alta, após declarações de membros do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia fazerem os investidores aumentarem as expectativas de que a autarquia fará mais cortes nos juros neste ano.

Destaque para o comentário de Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, que disse que as taxas precisam continuar caindo para que a economia faça um pouso suave.

O índice S&P 500 subiu 0,28%, a 5.718,57 pontos, atingindo novo recorde de fechamento.

O Dow Jones teve alta de 0,15%, a 42.124,65 pontos e o Nasdaq avançou 0,14%, a 17.974,27 pontos.

Europa

As principais bolsas da Europa encerraram a sessão em alta, mas com ganhos foram limitados, à medida que dados de atividade da zona do euro e da Alemanha vieram fracos, despertando preocupação entre os investidores.

O índice Stoxx 600 subiu 0,40%, a 516,32 pontos. O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,10%, para 7.508,08 pontos. O DAX de Frankfurt, por sua vez, avançou 0,68% a 18.846,79 pontos. O FTSE, de Londres, fechou em alta de 0,36%, a 8.259,71 pontos.

Com informações do Valor Econômico

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