Bolsas de NY: Nasdaq cai 0,9% e registra a pior semana desde julho

Principais índices acumulam perdas na semana, que foi marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor

Foto: Pixabay
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Os três principais índices de Wall Street fecharam em queda nesta sexta-feira (16), ainda sob o mau humor do investidor que suspeita que a inflação alta pode levar a um aperto monetário severo prolongado e uma recessão pode vir como consequência.

O Dow Jones fechou em queda de 0,45%, a 30.822 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 0,72%, a 3.873 pontos, e o Nasdaq caiu 0,9%, a 11.448 pontos.

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Com o resultado de hoje, S&P 500 e Nasdaq tiveram a pior semana desde julho. A semana foi marcada pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto e pela expectativa de inflação de longo prazo, publicada nesta sexta. O dado surpreendeu, principalmente pelo avanço no recorte do núcleo, que exclui os números dos setores de energia e alimentos.

Para ajudar a azedar o humor, a gigante de entregas FedEx reverteu as orientações financeiras feitas há apenas três meses, demonstrando preocupação com crescimento global. As ações de suas concorrentes, UPS e XPO Logistics caíram 4,5% e 4,7%, respectivamente. Os papéis da Amazon cederam 2,1%.

Expectativa de inflação de longo prazo cai

As expectativas para a inflação de longo prazo nos Estados Unidos caíram, apontam os dados da Universidade de Michigan. O índice aponta que as expectativas de preço para os próximos cinco a dez anos caíram 2,8%, o menor patamar desde julho de 2021.

Em paralelo, os consumidores veem os preços subindo 4,6% em 2023, o menor nível desde setembro do ano passado.

“Como as informações conflitantes sobre os preços continuam alimentando a incerteza dos consumidores, as expectativas de inflação devem permanecer relativamente instáveis ​​nos próximos meses”, afirmou a economista da Universidade de Michigan e diretora da pesquisa, Joanne Hsu, em comunicado.

Poder de compra ainda pressionado

“A questão principal continua a ser a inflação elevada que pesa cada vez mais sobre o rendimento disponível do consumidor e, por sua vez, sobre o poder de compra. E quanto mais tempo a inflação permanece alta, maior o risco de ela se consolidar”, escreveu o banco de investimentos Raymond James, em nota, nesta sexta-feira.

“Em resposta, quanto mais rígida a inflação se tornar, mais hawkish o Fed precisará ser para reduzi-la a um nível mais razoável”, completa o comunicado do banco.

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