Perto do Ibovespa e pagadora de dividendos: Caixa Seguridade (CXSE3) ainda é boa aposta?

Desde que estreou na bolsa de valores em 2021, o braço de seguros da Caixa Econômica vem ganhando visibilidade no mercado

Caixa Seguridade (CXSE3) é subsidiária da Caixa Econômica. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Caixa Seguridade (CXSE3) é subsidiária da Caixa Econômica. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Nas próximas semanas, a B3 divulga a nova composição do Ibovespa, seu principal índice, que valerá a partir de setembro.

Com base nos critérios da bolsa para entrada no portfólio, o Bank of America, Itaú BBA e Santander consideraram provável a entrada de Caixa Seguridade (CXSE3).

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É uma bola cantada.

Desde que estreou no pregão, em 2021, o braço de seguros da Caixa Econômica vem ganhando visibilidade no mercado.

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Pagamento de dividendos

Por ser uma das maiores de seu setor, ter lucros crescentes, expectativas animadoras de crescimento e ser uma boa pagadora de dividendos, a ação quase dobrou de preço desde então.

Nos últimos meses, a empresa também ganhou visibilidade devido a outro assunto: uma potencial oferta de ações.

Em março, a Inteligência Financeira revelou que a Caixa Econômica, maior acionista da empresa, avalia fazer uma oferta pública para vender parte de suas ações no negócio.

Dessa forma, CXSE3 atingiria o objetivo de se enquadrar às regras do Novo Mercado, que exige ter ao menos 20% das ações em circulação.

Raio X da CSXE3

Estreia na B329/04/2021
Valor de mercadoR$ 44 bilhões
Desempenho
da ação
Alta de 18,5% em 2024 e de 55% nos últimos 12 meses até 17 de julho
Lucro ajustado R$ 946,5 milhões no 1° tri/24, alta de 13,3% ante mesma etapa de 2023
DividendosCompanhia anunciou este ano R$ 840 milhões em intermediários,
ou 90,9% do lucro do 1° tri
Concorrentes: BB Seguridade (BBSE3) e Porto Seguro (PSSA3).
Fonte: Caixa Seguridade e B3

Caixa Seguridade: maior potencial de alta já foi?

Porém, o forte desempenho nos últimos anos levantou entre analistas a questão: a CXSE3 ainda é uma aposta atrativa no longo prazo?

De acordo com o site de relações com investidores da companhia, 12 analistas de mercado avaliam o papel.

Deles, oito têm recomendação de compra. Os quatro restantes sugerem manter a ação.

O preço-alvo médio é de R$ 16,70, o que significa um potencial de valorização de cerca de 13% em relação à cotação atual. Confira na tabela abaixo.

Casa de análiseAnalistaRecomendaçãoPreço-alvo
Bank of AmericaMario PierryCompra16,00
BB InvestimentosWilliam BertanCompra18,00
Bradesco BBIGustavo SchrodenNeutro19,00
BTG PactualEduardo RosmanNeutro18,00
CitiGabriel GusanNeutro13,80
InterMatheus AmaralCompra13,00
Itaú BBAPedro LeducCompra17,00
Morgan StanleyJorge EchevarriaCompra16,50
SafraDaniel VazCompra17,00
SantanderHenrique NavarroCompra18,00
UBSKaio PratoNeutro16,00
XPBernardo GuttmannCompra18,00
Fonte: Caixa Seguridade

Em relatório recente, a XP considerou que, apesar de CXSE3 ter quase dobrado desde o IPO, ainda está otimista com o papel.

Isso porque o setor de seguros no Brasil ainda é relativamente pequeno, comparando-o com outros países.

Além disso, “a Caixa Seguridade tem acordo de exclusividade para utilizar o canal de distribuição da Caixa Econômica Federal, uma vantagem difícil de ser replicada”, afirmou a XP.

Por fim, a companhia tem forte presença em segmentos recorrentes (residencial, vida e previdência, capitalização), o que lhe dá maior resiliência e previsibilidade.

“Esperamos que o crescimento dos lucros decorra de uma maior penetração de seguros na base de clientes da Caixa e de melhores perspectivas decorrentes da recente reestruturação corporativa, incluindo maiores participações em joint ventures e em sua própria corretora.”

CXSE3 no 2° trimestre

No começo do mês, a empresa informou que terá de fazer uma provisão para sinistros relacionados à sua operação de seguro prestamista na subsidiária XS1, gerando impacto no resultado final de R$ 123 milhões no segundo trimestre (13% do lucro do período).

Além disso, a companhia deve reportar maiores despesas com pagamentos de indenizações devido aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul no final de abri.

Segundo o BTG Pactual, a maior parte das despesas da Caixa Seguridade nesse sentido devem ser relacionadas a seguros hipotecários.

Assim, o impacto esperado nos resultados no trimestre é de aproximadamente R$ 40 milhões (4% do lucro do trimestre).

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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