Cielo (CIEL3) processa menos pagamentos, mas antecipa mais recebíveis no 3° trimestre
Empresa teve menos receitas com processamento de pagamentos, num momento de juros altos e de maior concorrência com o Pix
A Cielo (CIEL3) teve leve alta no lucro do terceiro trimestre, uma vez que compensou a queda nas receitas com pagamentos eletrônicos ao antecipar mais recursos a lojistas.
A empresa anunciou nesta terça-feira (31) que seu lucro líquido recorrente de julho a setembro somou R$ 456,7 milhões, crescimento de 8,3% sobre a mesma etapa de 2022.
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Numa mão, a receita líquida da Cielo, de R$ 2,62 bilhões no período, foi 0,7% menor, refletindo menores volumes de pagamentos com cartões.
Dessa forma, o resultado operacional medido pelo Ebitda foi de R$ 991,3 milhões, redução de 1,5%.
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O Ebitda é a sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação.
E a margem Ebitda diminuiu 0,3 ponto percentual, a 37,9%.
O resultado veio em linha com as previsões de analistas, em meio a dados de fraqueza no consumo das famílias, num período de juros altos e endividamento elevado.
Efeito Pix e juros altos
O volume financeiro de transações capturado pela Cielo foi de R$ 197,5 bilhões no trimestre, queda de 10,8%.
Os pagamentos com cartões de crédito diminuíram em 8,4%, enquanto as transações com cartões de débito foram 14,3% menores.
Além disso, o período de juros altos tem pesado sobre os indicadores de consumo.
Por outro lado, a Cielo conseguiu um aumento de 59% nas receitas com antecipação de recebíveis, que somaram R$ 442 milhões.
Com isso, embora tenha sido negativo em R$ 38 milhões, o resultado financeiro da Cielo foi 63,6% melhor do que um ano antes.
Conselho aprova pagamento de JCP
Em comunicado separado, a Cielo informou que seu conselho de administração aprovou pagar R$ 191,7 milhões em juros sobre o capital próprio referentes ao terceiro trimestre.
