Caixa Seguridade (CXSE3) tem queda de 24,8% no lucro contábil no 2° tri, para R$ 1,5 bi
Enchentes no Rio Grande do Sul geraram impacto no lucro de R$ 34,7 mi no resultado líquido da companhia. Os sinistros relacionados à tragédia somaram R$ 461,3 mi, sendo que R$ 349,7 mi foram cobertos pelo resseguro
O aumento dos sinistros relacionados ao desastre ambiental no Rio Grande do Sul e a necessidade de um provisionamento pesaram negativamente no resultado da Caixa Seguridade (CXSE3) no segundo trimestre.
A companhia teve uma queda de 24,8% no lucro contábil do período, na comparação anual, para R$ 1,5 bilhão. Já o lucro gerencial (em acordo com a norma CPC 11, ainda adotada pela Susep) foi de R$ 770,3 milhões, 6,4% abaixo do apurado um ano antes.
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Segundo a administração da Caixa Seguridade, o desempenho foi impactado pelo envio pela Caixa Econômica Federal para a Caixa Vida e Previdência, de base de dados com relação de titulares falecidos de apólices de seguros, que figuravam como titulares de contratos de crédito, sem que houvesse a comunicação do sinistro. O evento acabou provocando um provisionamento com impacto de R$ 123,2 milhões na última linha do balanço da Caixa Seguridade.
Além disso, as chuvas que provocaram o desastre ambiental no Rio Grande do Sul elevou o volume de sinistros, gerando um impacto no lucro de R$ 34,7 milhões no resultado líquido da companhia. Os sinistros relacionados à tragédia somaram R$ 461,3 milhões, sendo que R$ 349,7 milhões foram cobertos pelo resseguro. Nos próximos trimestres, a expectativa da administração é de que o impacto do evento permaneça “em patamar pouco significativo”.
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O indicador de sinistralidade ficou em 59,4%, 38,8 pontos percentuais acima do apontado um ano antes. Se fossem desconsiderados os sinistros do RS e a apropriação da base, o indicador seria de 24,2%, aumento de 3,6 pontos percentuais na comparação anual.
Ainda na visão contábil, as receitas operacionais da empresa no trimestre caíram 15,3%, para R$ 959,5 milhões. Em termos gerenciais, a receita operacional foi de R$ 1,1 bilhão, quase 1% abaixo da apurada no segundo trimestre de 2023.
A redução reflete a o resultado de investimentos em participações societárias (MEP), impactada por efeitos da nova norma de contabilidade de seguros na Caixa Residencial, que, em função da expectativa de aumento dos juros, gerou a necessidade de incremento na capitalização financeira dos passivos de cobertura.
Pagamento de dividendos
No comunicado do resultado, a empresa anunciou também o pagamento de R$ 702 milhões em dividendos referentes ao resultado do segundo trimestre. O valor corresponde a R$ 0,23 por ação.
Os dividendos serão pagos no dia 18 de novembro, tendo com base a posição acionária no dia 4 de novembro.
Com informações do Valor Econômico