Por que a Braskem (BRKM5) disparou na bolsa mesmo após prejuízo crescer 119% no terceiro trimestre?
As ações da Braskem subiram mais de 15% na bolsa hoje mesmo após prejuízo da companhia crescer 119% no terceiro trimestre
As ações da Braskem (BRKM5) figuraram entre as maiores valorizações desta quinta-feira (9) na B3. Os papéis da petroquímica avançaram 17,18% (BRKM3) e 15,62% (BRKM5), enquanto o Ibovespa, índice referência do mercado acionário brasileiro, desceu 0,12%, a 119.034,14 pontos.
O movimento positivo ocorria mesmo após a empresa reportar um prejuízo de R$ 2,418 bilhões no terceiro trimestre de 2023. O resultado, informado na véspera, ficou 119,2% maior ante as perdas de R$ 1,103 bilhão observadas no mesmo período de 2022.
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Mas o que explica então a disparada na bolsa de valores nesta quinta? Mais cedo, a Braskem confirmou ter recebido uma nova oferta da Adnoc, estatal de petróleo de Abu Dhabi, para compra da fatia da Novonor (antiga Odebrecht).
“Com relação à participação indireta detida pela Novonor de 38,3% da totalidade do capital social da Braskem, o pagamento de um valor de Equity (‘Equity Value’) de R$ 10,5 bilhões, sendo assegurado à Novonor, após o fechamento da transação, uma participação minoritária representativa de até 3% do total de ações de emissão da Braskem atualmente, o que implica em uma valor de R$ 37,29 por ação”, detalha a empresa em fato relevante.
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“O montante de R$ 10,5 bilhões serão pagos pela Adnoc diretamente às Instituições Financeiras da seguinte forma: (i) 50% em dinheiro, na data do fechamento da transação; e (ii) os 50% remanescentes convertidos em dólares americanos, na data do fechamento da transação, e pagos mediante um instrumento sênior ao equity da Adnoc, com um prazo de vencimento de 7 anos e juros anuais de 7,25%, incorporados ao valor do principal até o fim do 3º ano e em dinheiro à partir do 4º ano”, acrescenta o comunicado.
A proposta, conforme a Braskem, está condicionada, entre outras condições usuais em transações dessa natureza, “à conclusão satisfatória pela Adnoc de due diligence; apuração de eventuais passivos adicionais derivados de evento em Alagoas; e a inexistência de passivos contingentes materiais não contabilizados ou não informados.”
Por fim, a petroquímica destaca a necessidade de “alinhamento e celebração de um novo acordo de acionistas com a Petrobras”, que tem preferência no negócio e pode cobrir qualquer oferta.