Ações europeias caem para mínimas em nove meses; Bolsa russa despenca 33%
Algumas empresas russas chegaram a perder quase metade do valor de mercado no pregão de hoje
A reação dos investidores à invasão russa na ucrânia nesta quinta-feira (24) revelou o clima de medo nos mercados globais. Os principais índices acionários fora dos Estados Unidos tiveram quedas expressivas no pregão.
O inglês FTSE 100 fechou em queda de 3,88%, enquanto o DAX, da Alemanha, caiu 3,96%. Outros índices europeus importantes acompanharam o ritmo, com o CAC 40, da França, caindo 3,83%, e o italiano recuando 4,15%.
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Com isto, o índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 3,28%, seu menor nível desde maio do ano passado.
Na Ásia, as bolsas fecharam pela manhã, enquanto investidores viam a escalada da tensão na Ucrânia. O coreano Hang Seng Index teve forte queda de 3,21%, enquanto na China, o Shangai SE caiu 1,70% e no Japão o Nikkei teve desvalorização de 1,81%.
As maiores quedas, porém, foram vistas no mercado russo. O MOEX fechou em queda de 33,28% com investidores temendo um colapso na economia. O Credit Bank of Moscow teve melhor desempenho entre as empresas russas de capital aberto, com queda de 2,5%, enquanto a petrolífera Rosneft, uma das maiores do mundo, perdeu quase metade do seu valor de mercado (-46%).
Além das perdas no mercado acionário, a moeda russa também sofria nesta quinta-feira, se desvalorizando 7,2% ante o dólar. “Se houver corrida a bancos, com pessoas temendo não ter dinheiro será muito ruim para o sistema bancário; é algo que causa colapso para qualquer sistema bancário”, diz William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue.