Bolsas europeias e futuros de NY caem com petróleo, Ucrânia e Fed

Incertezas sobre o avanço das negociações para interromper a guerra pioram o humor dos investidores nesta quinta

Foto: Pixabay
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Os futuros dos índices acionários em Nova York e as principais bolsas europeias são negociados em queda nesta manhã, com os preços do petróleo retomando a trajetória de alta e após o primeiro aumento na taxa de juros dos Estados Unidos desde 2018 e a promessa do Federal Reserve, o banco central americano, de que novas altas estão por vir.

Os sinais de escalada crescente entre Rússia e Ucrânia também estão no radar, após declarações do Kremlin de que os relatos na imprensa de que há “grande progresso” nas negociações sobre a guerra estão “errados”, o que pesa nos negócios com ações e impulsiona o petróleo.

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Às 7h30, o índice Stoxx Europe 600 caía 0,22%, aos 447.47 pontos. Nas bolsas, Frankfurt caía 0,79% a 14.326,84 pontos, Paris cedia 0,32% a 6.567,42 e Londres recuava 0,13% a 7.282 pontos . Já o contrato para junho do petróleo tipo Brent, a referência global, subia 4,733%, a US$ 100,16 por barril, voltando para um patamar acima de US$ 100. O WTI para maio subia 4,87% a US$ 98,15 por barril.

Entre as ações europeias, destaque para a alta nas empresas expostas à China, como o grupo de publicações e exposições Informa, o Scottish Mortgage Investment Trust, o Standard Chartered e as mineradoras, depois que o governo chinês disse que implementaria medidas para apoiar a economia.

Ao mesmo tempo, os investidores absorvem a decisão amplamente esperada da véspera do Fed de elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual (pp) e sinalizar que novos aumentos estão a caminho para conter a inflação crescente. A postura mais agressiva (“hawkish”) do Fed pesa em Nova York.

No horário acima, no pré-mercado, o futuro do Dow Jones caía 0,28%; o do S&P 500 cedia 0,57% e o do Nasdaq recuava 0,70%.

“O Fed está claramente na luta contra a inflação, tal como indicado pelo ritmo implícito e o número total de subidas, e a intenção de reduzir o balanço”, afirma Calvin Norris, gestor e estrategista da Aegon Asset Management. “O risco para o crescimento econômico parece ser uma preocupação secundária neste momento”, emenda.

A expectativa recai agora no anúncio do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), logo mais, que deve seguir o exemplo do Fed e elevar o juro básico britânico em 0,25 pp. Para o HSBC, a decisão do BoE pode beneficiar a libra esterlina no curto prazo, caso haja uma eventual divisão de votos por um ritmo maior de alta dos juros.

Ainda no mesmo horário, a libra esterlina subia 0,22%, a US$ 1,3178, enquanto o euro avançava 0,13%, a US$ 1,1036, digerindo a alta acima do esperado da inflação anual ao consumidor (CPI) na região da moeda única, em +5,9% ante previsão de +5,8%.

Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico

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