Bolsas europeias recuam repercutindo dados do mercado de trabalho nos EUA

Dados de geração de empregos nos EUA, mais fortes do que o esperado, indicam que a economia aquecida pode seguir pressionando a inflação

Vista do distrito financeiro de Londres (Foto: Bastian Pudill/Unsplash)

Os principais índices acionários europeus recuam nesta quinta-feira (6), em linha com os índices futuros de Nova York após o desempenho ruim dos ativos de risco na quinta (5).

O movimento negativo acompanhou a divulgação de dados de geração de empregos nos EUA, mais fortes do que o esperado, indicando que a economia americana pode seguir pressionando a inflação.

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Por volta das 9h20, o índice Stoxx 600 operava em queda de 0,39%, a 397,35 pontos. Entre as bolsas, a de Frankfurt recuava 0,15%, enquanto a de Paris tinha queda de 0,32% e a de Londres registrava retração de 0,75%.

A perspectiva de o Federal Reserve (Fed) adotar uma postura monetária menos restritiva após alguns dados fracos e a recente turbulência do mercado – principalmente nos títulos do Reino Unido – foi um catalisador para uma forte recuperação das ações, de acordo com Henry Allen, estrategista do Deutsche Bank.

“Contudo, nas últimas 24 horas, diversos dados divulgados nos Estados Unidos criaram um retrocesso contra essa narrativa, uma vez que foram vistos como dando ao Fed mais espaço para continuar subindo as taxas de juros nos próximos meses”, acrescentou Allen.

Os investidores acompanham a divulgação dos dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, que deve dar mais sinais do que será visto no relatório do payroll na sexta-feira, que contém dados de geração de emprego no país.

Câmbio

Por volta das 9h20, a libra contabilizava queda de 0,61%, a US$ 1,1257. Já o euro tinha retração de 0,22%, a US$ 0,9861.

Vendas no varejo

No front dos indicadores divulgados na Europa, o volume de vendas no varejo caiu 0,3% no mês de agosto, segundo dados divulgados pela agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta quinta-feira. Economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” previam queda de 0,4% nas vendas no varejo.

Já as encomendas à indústria na Alemanha caíram 2,4% no mês, de acordo com dados do escritório de estatísticas alemão Destatis na madrugada desta quinta-feira.

A queda é muito maior do que o previsto por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, que esperavam que os pedidos caíssem 0,5%.

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