Bolsas da Europa fecham em queda com indicadores, balanços e Fed no radar

Destaque da agenda econômica europeia hoje, o CPI da Alemanha subiu 8,7% em janeiro na base anual, confirmando a estimativa preliminar

Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)
Bolsa de Frankfurt, na Alemanha (Foto: divulgação)

A maioria dos principais índices acionários da Europa encerrou o dia em queda, com pressão vinda do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que subiu, balanços negativos e maior cautela dos investidores antes da publicação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em queda de 0,33%, a 462,22 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve alta de 0,01%, a 15,399,89 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou queda de 0,59%, a 7.930,63 pontos. O francês CAC 40 contabilizou recuo de 0,13%, a 7.299,26 pontos.

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Euro e libra

Por volta das 14h10, o euro caía 0,30%, a US$ 1,06219, enquanto a libra tinha queda de 0,38%, a US$ 1,20611.

Inflação da Alemanha em linha com projeções

Destaque da agenda econômica europeia hoje, o CPI da Alemanha subiu 8,7% em janeiro na base anual, confirmando a estimativa preliminar, acima do aumento de 8,1% registrado em dezembro e em linha com o consenso projetado por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

Confiança do empresário

Além do CPI, também foi publicado o índice de confiança empresarial do Instituto Ifo, que subiu para 91,1 em fevereiro, de 90,1 em janeiro, a leitura mais alta desde junho. Apesar da alta, o indicador veio dentro das expectativas dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.

Contudo, os dados devem ser olhados com cuidado. “A melhoria adicional do sentimento empresarial na Alemanha e na França, as maiores economias da zona do euro, é uma notícia bem-vinda, mas não deve ser exagerada”, disse o economista Riccardo Marcelli Fabiani, da Oxford Economics, em nota.

“Embora pesquisas de melhoria apoiem a visão de que a economia da zona do euro está se mostrando mais resiliente do que o previsto, isso não significa que 2023 será um ano de crescimento dinâmico”, diz ele.

“A inflação alta – especialmente na primeira parte do ano – continuará pesando sobre a renda real das famílias, enquanto as taxas de juros mais altas provavelmente afetarão o investimento empresarial”, completa Fabiani.

Empresas e ações

Entre as empresas, o destaque foi a mineradora britânica Rio Tinto, que fechou em queda firme de 3,56%, depois que a companhia reduziu seus dividendos em mais da metade.

Pistas sobre juros dos EUA

Os investidores também operaram por maior cautela aguardando a divulgação da ata da última reunião do Fed, que acontece hoje às 16h00 (de Brasília).

Agentes buscam pistas sobre o futuro da política monetária do país, tendo em vista dados recentes que mostraram que a economia continua resiliente.

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