Bolsas da Europa fecham em alta, mas reduzem ganhos após comentário pessimista do Fed

Entusiasmo do mercado após relaxamento na política de covid zero na China foi contraposto a um discurso mais incisivo do Fed pelo aumento de juros

Confira o desempenho das bolsas europeias - Foto: Unspash

As bolsas europeias fecharam em alta nesta segunda-feira, ainda repercutindo o anuncio de flexibilização da política de covid zero na China e o apoio de Pequim para o setor imobiliário e as declarações do membro do conselho do Federal Reserve (Fed), Christopher Waller, que afirmou que os apertos monetários do banco central americano devem continuar no longo prazo.

Após ajustes, o índice Stoxx Europe 600 fechou em alta de 0,11%, a 432,72 pontos.

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O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,92%, a 7.385,17 pontos, o DAX, de Frankfurt, avançou 0,62%, a 14.313,30 pontos, e o CAC 40, de Paris, registrou valorização de 0,22%, a 6.609,17 pontos.

Em Milão, o FTSE MIB fechou em alta de 0,52%, a 24.583,49 pontos, e o Ibex 35, de Madri, valorizou 0,85%, a 8.166,92 pontos.

Entre os setores do Stoxx Europe 600, a principal alta ficou com o setor de serviços financeiros, com valorização de 2,75% e o segmento de mídia teve a maior retração da sessão, com queda de 1,18%.

China

O entusiasmo do mercado após os anúncios feitos pelas autoridades chinesas de um relaxamento na política de covid zero do país continuou na sessão de hoje.

Na semana passada, Pequim afirmou que as restrições à entrada no país por via aérea foram aliviadas, incluindo o período de quarentena que os visitantes deveriam ser submetidos.

Apesar disso, ainda existem dúvidas em relação a viabilidade da reabertura do país, uma vez que Pequim, Guangzhou e Zhengzhou registraram um número recorde de casos de covid-19 durante o final de semana.

Fed

O apetite por risco dos mercados diminuiu com as declarações do membro do conselho do Fed, Christopher Waller, em um evento em Sidney, na Austrália, no domingo.

De acordo com ele, os mercados precisam prestar mais atenção na taxa terminal dos juros do Fed do que no ritmo de cada aumento.

“Todo mundo deveria apenas respirar fundo e se acalmar, ainda temos um caminho a percorrer”, apontou Waller.

Produção industrial

No front dos dados publicados hoje no continente europeu, a produção industrial da zona do euro registrou alta de 0,9% em setembro, na relação com agosto, segundo informou o escritório de estatística Eurostat. Segundo o número revisado, em agosto o indicador contabilizou alta de 2,0%. O número veio muito acima dos 0,1% previstos pelo Wall Street Journal.

Na leitura do economista-sênior do ING para a zona do euro, Bert Colijn, a produção industrial terá dados mais fracos na zona do euro nos próximos meses.

“Agosto e setembro tiveram uma produção surpreendentemente forte, há pouca esperança de que este seja o início de uma forte recuperação. As empresas continuam a relatar queda de novos pedidos e a demanda está diminuindo. Para os meses de inverno, portanto, continuamos esperando uma produção mais fraca, pois o efeito de recuperação da produção provavelmente não durará muito mais”, apontou o analista do banco holandês, em relatório.

Empresas

No mercado acionário europeu, a companhia alemã do setor de defesa Rheinmetall, teve alta de 6,81% em suas ações após anunciar um acordo para comprar a empresa espanhola de explosivos e munições Expal Systems por 1,2 bilhão de euros.

O governo alemão decidiu nacionalizar a subsidiária alemã da Gazprom, companhia de energia russa, em um movimento feito por Berlim para garantir o continuo fornecimento de gás do país.

Câmbio

Nesta segunda, o euro registra leve alta ante o dólar e a libra opera em queda em relação à moeda americana, com a primeira moeda avançando 0,07%, a US$ 1,03314 enquanto a segunda descia 0,62%, a US$ 1,17217.

Já o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvido, operava com ganhos de 0,62%, a 106,954 pontos.

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