Bolsas da Europa fecham em alta e índice de Londres bate recorde

Pregões reverteram queda do começo do dia, com a divulgação do relatório de emprego dos EUA, que mostrava aquecimento da economia

Bolsas da Europa: pregão de Frankfurt (Foto: Wilson Wee/ Flickr)
Bolsas da Europa: pregão de Frankfurt (Foto: Wilson Wee/ Flickr)

A maioria das principais bolsas europeias encerraram a sessão desta sexta-feira em alta, com destaque para o índice FTSE, de Londres, que atingiu novo recorde. Investidores avaliam dados econômicos, balanços e as altas de juros e sinalizações do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE), feitos ontem.

Após ajustes, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,34%, a 460,77 pontos. O índice DAX, de Frankfurt, teve recuo de 0,21%, a 15,476,43 pontos e o FTSE 100, de Londres, registrou alta de 1,04%, a 7.901,80 pontos. O francês CAC 40 contabilizou alta de 0,94%, a 7.233,94 pontos. Entre os setores do Stoxx Europe 600, o segmento de serviços financeiros fechou com alta de 4,58%.

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O FTSE 100 chegou a avançar 1,1%, para 7.906,58, ao longo da sessão, o que fez com que fechasse o dia atingindo um novo recorde, no maior nível desde maio de 2018, quando, no fechamento de uma sessão, atingiu os 7877,45 pontos. No acumulado de 2023, o índice de referência do Reino Unido acumula cerca de 6% de alta, seu melhor início de ano desde 2013.

Parte de sua força foi impulsionada por uma perspectiva melhor para a inflação e a economia europeias. Entretanto, outra parte desses ganhos é produto da mecânica dos índices.

O FTSE 100 tende a ter um desempenho melhor quando a libra está mais fraca. Isso porque o índice é composto por grandes empresas multinacionais, como BP, Shell e AstraZeneca, que obtêm grande parte de sua receita no exterior e em dólares. Quando essas receitas em dólares são convertidas de volta em libras, elas valem mais.

Hoje, por volta das 14h00, a libra operava em queda de 1,22%, a US$ 1,20734, a caminho do menor nível desde o início do ano. Enquanto isso, o euro recuava 0,66%, a US$ 1,08333. Outra vantagem do FTSE 100 em comparação com índices americanos é que a bolsa do Reino Unido não é dominada por empresas de tecnologia de peso elevado. Em vez disso, é preenchida por empresas como bancos que se beneficiam de taxas mais altas.

Ontem, o BoE elevou sua taxa de juros referencial em 0,5 ponto percentual para 4%, colocando a taxa no seu maior patamar desde outubro de 2008. A nova alta foi justificada pelo banco central britânico como necessária em um momento em que projeções indicam que a inflação permanece elevada e o mercado de trabalho apertado, embora mostrando sinais de que já registraram o seu pico.

Para You-Na Park-Heger, analista de câmbio do Commerzbank, “uma nova alta nas taxas em março não é mais tão certa, e é possível que o BoE já tenha chegado ao fim do ciclo de alta nas taxas”, escreveu.

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