Bolsas dos EUA fecham em alta após melhora no fim do pregão com balanços e Fed no foco

Índices de inflação, CPI e PPI trouxeram, na semana passada, sinais opostos de resiliência e desaceleração da inflação americana

Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash
Bolsa de Nova York, localizada em Wall Street - Foto: Robb Miller/Unsplash

As bolsas de Nova York encerraram esta segunda-feira (17) em alta e começaram uma semana marcada por balanços de algumas das maiores empresas dos EUA em nota positiva, após uma melhora do sentimento por risco nas últimas horas de pregão.

Com o período de silêncio do Federal Reserve (Fed) se aproximando, o mercado ficou atento a sinais para o futuro da política monetária antes da decisão de juros no dia 3 de maio.

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Índices das bolsas de NY

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,30%, a 33.987,180 pontos, o S&P 500 avançou 0,33%, a 4.151,32 pontos, e o Nasdaq teve ganho de 0,28%, a 12.157,72 pontos.

Balanços

Na avaliação do analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya, a temporada de balanços do primeiro trimestre teve seu melhor início este ano desde 2012, com 90% das empresas que divulgaram resultados até agora batendo as previsões do mercado sobre lucros.

“O pessimismo estava tão alto que as projeções foram revisadas excessivamente em baixa”, ponderou Moya em comentário a clientes.

Na terça, investidores acompanham a divulgação dos balanços de Goldman Sachs, Bank of America, Netflix e United Airlines. Um dia depois, Morgan Stanley e IBM informam seus resultados trimestrais.

Juros

O mercado acionário em Wall Street opera ainda sob especulações acerca do futuro da política monetária nos EUA, após dados de atividade e inflação divulgados na semana passada mostrarem resiliência ante o forte aumento de juros.

Hoje, mais um dado reforçou tal impressão. O índice Empire State de atividade industrial, medido pelo Fed de NY, subiu a 10,8 em abril, de -24,60 em março e bem acima da alta a -15,0 esperada.

“Este relatório sugere que a reabertura no setor manufatureiro da China está fornecendo um impulso significativo à atividade nos EUA, compensando qualquer obstáculo das condições de crédito mais rígidas”, avalia Kieran Clancy, economista-sênior para EUA da Pantheon Macroeconomics.

Inflação de março

Os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) dos EUA em março, divulgados na semana passada, trouxeram sinais opostos de resiliência e desaceleração da inflação americana.

Ao mesmo tempo, as expectativas inflacionárias do consumidor americano para o período de 12 meses saltou de 3,6% a 4,6%, o que preocupou agentes do mercado.

Com os dados, investidores solidificaram a perspectiva por mais uma alta de juros pelo Fed em maio – de 0,25 ponto percentual para a faixa de 5% a 5,25% – mas não mudaram a previsão de que o BC americano cortará a taxa dos Fed funds antes do ano terminar, apesar de acenos contrários de dirigentes da entidade.

Livro bege no radar

Essa semana trará a divulgação do Livro Bege do Fed que, junto com aparições públicas dos membros do BC, será a última oportunidade para investidores tirarem conclusões sobre o futuro da política monetária nos EUA, já que na semana que vem começa o “período de silêncio” que dura duas semanas até a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) nos dias 2 e 3 de maio.

Balanços

Sem dados de muita relevância até os últimos dias da semana, “o foco principal ficará sobre a temporada de balanços, principalmente de empresas como Goldman Sachs e Morgan Stanley na terça, bem como Tesla e Netflix no final da semana”, diz Michael Hewson, analista-chefe de mercados da CMC Markets.

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