Bolsas dos EUA apagam queda e fecham em alta após divulgação de balanços das empresas

Temores de uma recessão na maior economia do mundo foram atenuados ao longo do pregão, depois da precificação dos balanços das empresas

Pregão da Nyse:  Foto: Valor Econômico
Pregão da Nyse: Foto: Valor Econômico

Os principais índices acionários de Nova York apagaram as perdas que registravam desde o início da sessão e passaram a operar em alta, acompanhando a recuperação de papéis que caíram mais cedo, enquanto o mercado ainda avalia balanços corporativos divulgados, além de indicadores econômicos, como a pesquisa de consumo da Universidade de Michigan.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,33%, enquanto o S&P 500 avançou 0,40%, e o Nasdaq subiu 0,71%.

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“As ações reduziram as perdas depois que o sentimento do consumidor subiu para uma alta de 9 meses”, destacou o analista-sênior de mercados da Oanda, Ed Moya, em nota.

Divulgado mais cedo, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu para 62,0 nas duas primeiras semanas de janeiro, ante 59,9 da leitura de dezembro.

O resultado ficou melhor que a estimativa de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de 60,7.

Ainda assim, os balanços corporativos, principalmente de bancos, seguem no foco. O JP Morgan mostrou uma receita superior às expectativas, mas a instituição indicou que estava reservando mais dinheiro para cobrir perdas de crédito porque avalia a possibilidade de uma leve recessão nos Estados Unidos.

Balanços

Após recuarem na abertura e em boa parte da tarde de hoje, o mercado acionário em Wall Street apagou as perdas na segunda metade do pregão.

Visto inicialmente com pessimismo por investidores, balanços de grandes bancos como JPMorgan (+2,47), Wells Fargo (+3,25%) e Bank of America (+2,15%) foram absorvidos ao longo do dia e as ações das três companhias fecharam em alta robusta, impulsionando os índices. No S&P 500, o subíndice do setor financeiro registrou um dos principais ganhos.

Segundo Kiran Ganesh do UBS bancos americanos têm se beneficiado dos altos juros impostos pelo Federal Reserve (Fed) e pelo desempenho melhor que o esperado da economia dos EUA nos últimos meses.

A Universidade de Michigan divulgou pesquisa com aumento do índice de sentimento de consumidores em janeiro, a 32, acima do esperado. Além disso, a expectativa de inflação para o período de 12 meses reduziu de 4,4% a 4,0%.

A queda no dado prospectivo vem após o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerar mais em dezembro, a taxa anual de 6,5%.

“O sentimento do consumidor melhorou em janeiro, auxiliado por preços mais baixos de energia e melhores condições do mercado financeiro”, explicam os economistas Gurleen Chadha e Ryan Sweet, da Oxford Economics, em relatório.

Eles, porém, sugerem cautela ao afirmar que a conexão entre o sentimento dos consumidores e o consumo em si é “frouxa, na melhor das hipóteses”.

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