Bolsas dos EUA fecham em alta em sessão com início empolgante e desaceleração no final
Índices das bolsas americanas tiveram uma manhã promissora, com os dados de inflação abaixo do esperado, mas o ânimo esfriou ao final do pregão
Os índices de Wall Street abriram o pregão em forte alta nesta terça-feira (13), após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para o mês de novembro, que veio mais fraco do que o esperado.
O indicador era o último dado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para quarta-feira, e reiterou que o BC americano deve reduzir o ritmo dos apertos monetários.
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Mais cedo, por volta das 12h05, o Dow Jones operava em alta de 1,29%, enquanto o S&P 500 subia 2,02% e o Nasdaq avançava 2,78%.
No fechamento, os ganhos foram mais modestos.
O índice Dow Jones fechou em alta de 0,30%, a 34.108,64 pontos, enquanto o S&P 500 exibiu ganhos de 0,73%, a 4.019,65 pontos, e o Nasdaq subiu 1,01%, a 11.256,81 pontos.
Entre os índices setoriais do S&P 500, o setor imobiliário registrou a maior alta, com ganho de 2,20%.
Dólar
Ao fim da tarde, o índice DXY, que mede o peso do dólar ante seis moedas de mercados desenvolvidos, operava em queda de 1,04%, aos 104,034 pontos.
O rendimento da T-note de 2 anos recuava a 4,227%, ante 4,394% no encerramento anterior, enquanto o retorno da T-note de 10 anos descia a 3,512%, de 3,614% no fechamento de ontem.
Inflação desacelera nos EUA
Reiterando o sentimento de que o pico da inflação americana já havia passado, os quatro principais recortes do CPI de novembro vieram abaixo das expectativas e em desaceleração. O indicador avançou 0,1%, depois de ter registrado alta de 0,4% em outubro e setembro.
A expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” era de avanço de 0,3%.
Já no acumulado em 12 meses, o avanço foi de 7,1% em novembro, depois de registrar alta de 7,7% em outubro e 8,2% de setembro, enquanto a estimativa era de alta de 7,3%.
O avanço de novembro de 7,1% foi o menor para o período de 12 meses desde dezembro de 2021.
Fed na mira dos investidores
Os agentes, agora, se voltam para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano), que sai amanhã.
Os mercados estão precificando uma maior probabilidade de um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, o que marcaria a primeira desaceleração no ritmo de alta das taxas desde que a autarquia começou eu aperto monetário.
Mimi Duff, diretora-gerente da empresa de investimentos GenTrust, disse que ainda espera que o Fed aumente as taxas de juros em 0,5 ponto percentual na quarta-feira.
No entanto, ela ficou satisfeita em ver o arrefecimento da inflação. “Essa é a melhor coisa que vimos em muito tempo”, disse Duff. “Nossa visão é que o pior já passou” em termos de inflação.