NY: Bolsas fecham em alta de até 2% após PPI indicar queda na inflação

O PPI americano caiu 0,5% entre fevereiro e março, e mostrou alta anual de 2,7%, bem abaixo dos 4,9% da leitura passada

Pregão da Nyse: Foto: Valor Econômico

As bolsas de Nova York terminaram o pregão de hoje em alta robusta de 1% a 2%. Investidores retomaram o otimismo quanto à trajetória da inflação nos EUA após o índice de preços ao produtor (PPI) de março mostrar forte desaceleração em relação à leitura de fevereiro.

Além disso, o número de pedidos por seguro-desemprego subiu mais que o esperado na semana passada, reforçando a percepção de que a economia está em desaceleração e o Federal Reserve (Fed) poderá adotar postura branda em breve.

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O índice Dow Jones fechou em alta de 1,14%, a 34.029,690 pontos, o S&P 500 subiu 1,33%, a 4.146,22 pontos, e o Nasdaq avançou 1,99%, a 12.166,27 pontos.

O PPI americano caiu 0,5% entre fevereiro e março, e mostrou alta anual de 2,7%, bem abaixo dos 4,9% da leitura passada. Analistas esperavam estabilidade do dado mensal, segundo a mediana das projeções.

Já o núcleo do PPI, que exclui os voláteis preços de energia, alimentos e comércio exterior, subiu 0,1% na base mensal – menos que alta prevista de 0,2% – e 3,6% na anual, após registrar 4,5% nos 12 meses encerrados em fevereiro.

O indicador veio no dia seguinte à leitura de março do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que mostrou desaceleração, mas concentrada no setor de energia. O núcleo do CPI, portanto, seguiu muito alto, o que tende a manter o Fed agressivo no curto prazo.

Sob liderança do economista-chefe Jan Hatzius, analistas do Goldman Sachs calculam que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed, deve apresentar alta mensal de 0,08% e anual de 4,10% em março, com base nos resultados do CPI e PPI. Já o núcleo do PCE deve subir 0,28% ante fevereiro e 4,51% no período de 12 meses, projetam os economistas do banco americano.

Caso a previsão se confirme, os números de março marcariam leve desaceleração no núcleo, que subiu 0,3% em fevereiro, e redução maior do índice cheio, cuja alta também foi de 0,3%.

Além dos dados de inflação, investidores observaram a alta dos pedidos por seguro-desemprego nos EUA a 239 mil na semana passada, mais do que as 235 mil solicitações previstas por analistas. O enfraquecimento do mercado de trabalho é um dos focos do Fed para reduzir as pressões sobre os preços de forma sustentável.

“Os pedidos de auxílio-desemprego estão agora nos níveis mais altos em mais de um ano, mas no geral o mercado de trabalho ainda está relativamente forte. Para que as tendências de desinflação continuem, a fraqueza do mercado de trabalho precisará aumentar”, pondera Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda.

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