Bolsas da Ásia absorvem pessimismo de Wall Street e fecham em queda
A queda dos mercados asiáticos se consolidou mesmo com dados um pouco melhores na China
Os principais índices acionários da Ásia terminaram a sessão desta sexta-feira no vermelho, sendo impactados principalmente pelo mau humor que dominou Nova York na sessão de ontem – ainda no rescaldo da preocupação com a inflação americana bastante forte. A queda dos benchmarks asiáticos se consolidou mesmo com dados um pouco melhores na China, tanto sobre a produção industrial quanto do varejo.
No fim da negociação, o índice Nikkei 225, de Tóquio, caiu 1,11%, a 27.567,65 pontos, enquanto o Kospi, de Seul, recuou 0,79%, a 2.382,78 pontos. As ações de eletrônicos na Coreia do Sul ficaram mistas, com a Samsung ganhando 0,4% e a LG caindo 1,5%.
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Em Hong Kong, a queda chegou a 0,89% no Hang Seng, a 18.761,69 pontos. Já em Xangai a perda foi de 2,30%, a 3.126,39 pontos. As corretoras lideraram as perdas na China. O setor mergulhou depois que as autoridades pediram taxas de serviços financeiros mais baixas em um novo documento do governo, uma medida que pode prejudicar a receita das corretoras. A East Money Information perdeu 11% enquanto o BOC International caiu 6,0%.
A fraqueza nas bolsas chinesas se manteve mesmo com com sinais modestos de melhora em agosto, que ocorreram à medida que as medidas de estímulo entraram em ação –embora as novas restrições à covid-19 e uma desaceleração cada vez pior do setor imobiliário continuem a prejudicar as perspectivas para a segunda maior economia do mundo.
Uma série de dados divulgados na sexta-feira por Pequim ofereceu um quadro misto: o investimento em infraestrutura aumentou mais rapidamente do que o esperado, mas os gastos do consumidor permaneceram fracos. A produção industrial, uma medida da produção fabril, mineração e outras atividades, aumentou à medida que a escassez de energia desencadeada pela seca e pelo calor extremo em grandes áreas do país diminuiu. Em agosto, o indicador subiu 4,2% em relação ao ano anterior, superando tanto as expectativas quanto os 3,8% de julho.
As vendas no varejo permaneceram fracas. Enquanto o crescimento ano a ano acelerou para 5,4% em agosto, de 2,7% em julho, em grande parte devido a uma base de comparação menor no mesmo período do ano anterior, as vendas no varejo ajustadas sazonalmente caíram 0,8% quando comparadas diretamente com julho. “No fim das contas, os dados de agosto apontam para uma ligeira perda de impulso geral”, disseram economistas da Capital Economics, em uma nota de sexta-feira, prevendo que a atividade comercial permanecerá fraca pelo resto do ano.