Bolsas da Ásia fecham com fortes perdas, após dado fraco de exportações da China

Desaceleração da economia chinesa alimenta temores de inflação ainda mais pressionada no mundo

Foto: Pexels
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As bolsas asiáticas fecharam com forte viés negativo, acompanhando o mau humor visto nos mercados acionários americanos e europeus nos últimos dias, e pressionadas também pelos dados da balança comercial da China, que indicaram forte desaceleração das exportações da China em abril.

O índice Nikkei, referência da bolsa de Tóquio, fechou em forte queda de 2,53%, a 26.319,34 pontos, liderando as perdas na sessão asiática, em meio a temores sobre o avanço dos preços de matérias-primas. A ação da Japan Steel Works foi o destaque negativo do dia na bolsa de Tóquio, fechando a sessão em queda de 19%.

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Em Seul, o índice Kospi fechou em queda de 1,27%, a 2.610,81 pontos, estendendo uma sequência de sessões negativas que chegou hoje ao seu quinto dia consecutivo de perdas. Na China, o Xangai Composto fechou em leve alta de 0,09%, a 3.004,14 pontos, em dia de mercados fechados em Hong Kong.

Parte do mau humor na sessão asiática foi atribuído à forte desaceleração das exportações chinesas, que subiram 3,9% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, depois de anotar alta de 14,7% na mesma base de comparação em março. O dado indicou o crescimento mais fraco em quase dois anos, mas ficou em linha com a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de alta de 3,9% no período.

O dado fraco reforça os temores com os lockdowns na China, que ameaçam restringir ainda mais as economias de outros países a materiais e produtos, agravando os problemas com a cadeia global de suprimentos e ameaçando alimentando ainda mais a já elevada inflação na maioria das principais economias desenvolvidas.

“As restrições em Xangai já estão tendo um efeito negativo sobre a produção econômica lá, assim como sobre a atividade nos portos, conforme os navios de carga continuam esperando perto da costa chinesa para serem descarregados”, disse Michael Hewson, analista da CMC Markets, à “Dow Jones Newswires”. “Qualquer perspectiva de uma redução dos temores sobre a cadeia de abastecimento parece ainda mais longe do que há alguns meses”.

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