Bolsas asiáticas fecham em queda com temores de recessão diante de aperto monetário mundial

Na China, os casos de covid-19 voltaram a aumentar em Pequim e prejudicaram o setor de bens de consumo durante a sessão

Circulação de pessoas em Tóquio, no Japão - Foto: Pixabay

As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta quinta-feira, com os investidores se preocupando com até onde o aperto monetário pode chegar e qual será a agressividade dos principais bancos centrais para combater a inflação, que pode ampliar a desaceleração econômica global. Na China, os casos de covid-19 voltam a aumentar em Pequim e prejudicaram o setor de bens de consumo durante a sessão.

No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,92%, a 27.006,96, por conta das preocupações dos investidores relacionadas aos possíveis apertos monetários dos principais bancos centrais.

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A Hoya Corp. teve queda de 3,5% e Renesas Electronics perdeu 2,4%. Os mercados olham também para os dados econômicos que serão divulgados hoje, incluindo os pedidos de seguro-desemprego nos EUA e o número de vendas de casas existentes, que serão divulgados na manhã de hoje.

Já o índice de referência da Coreia do Sul, o Kospi, registrou retração de 0,86%, a 2.218,09, com o setor financeiro liderando as quedas. Os investidores seguem preocupados com um a possível recessão global e o aumento mais agressivo das taxas de juros globalmente.

A queda dos mercados futuros de Wall Street da noite para o dia e o corte da Tesla em sua meta de entrega de veículos em 2022 levaram também os investidores a ajustar seus portfólios de investimentos e a se desfazer de ações do setor automotivo. Os fabricantes de baterias EV SK Innovation e Samsung SDI caíram 5,2% e 2,8%, respectivamente. A LG Energy Solution fechou em queda de 0,5%, apagando os ganhos iniciais.

O índice Hang Seng contabilizou uma queda de 1,40%, a 16.280,22, no nível de fechamento diário mais baixo desde outubro de 2011, acompanhando os futuros de Wall Street durante a noite.

O setor de tecnologia liderou as perdas com a NetEase caiu 8,6%, Baidu perdeu 8,1% e Tencent perdeu 4,75%.

Apesar da forte queda, os investidores também acompanharam uma reportagem da mídia chinesa que afirma que existe a possibilidade das autoridades do país asiático reduzirem o período de quarentena pela covid-19 para pessoas que quiserem entrar no país.

Na China Continental, o índice Xangai Composto teve retração de 0,31% a 3.035,0504 com o setor de consumo liderando as quedas, principalmente por conta do alto número de infecções por covid-19 na capital da China, Pequim.

A produtora de laticínios Inner Mongolia Yili Industrial Group caiu 6,8% e Kweichow Moutai teve retração pelo segundo dia seguido com uma perda de 0,3%. A fabricante de baterias para carros elétricos CATL contabilizou queda 3,8%.

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