Bolsas da Ásia fecham em queda após decisão do BoJ; Hang Seng é exceção

Investidores repercutiram decisão do Banco do Japão de ajuste surpresa em seus controles de taxa de juros

Circulação de pessoas em Tóquio, no Japão - Foto: Pixabay
Circulação de pessoas em Tóquio, no Japão - Foto: Pixabay

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, repercutindo a decisão do Banco do Japão (BoJ) de permitir que os rendimentos dos títulos do governo japonês (JGB) subissem a um patamar mais alto, estabelecendo uma faixa-alvo para os títulos do governo japonês de 10 anos entre -0,5% e +0,5%. Anteriormente, o intervalo era entre -0,25% e +0,25%. Os investidores também avaliaram as perspectivas da China, com algum alívio devido a reabertura do país asiático, mas pessimismo por conta dos casos de covid-19.

Em Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 0,68%, a 26.387,72 pontos, com o segmento imobiliário liderando as quedas, em meio as preocupações dos investidores com os custos de empréstimos mais altos após a decisão do BoJ de afrouxar o controle dos rendimentos dos títulos japoneses.

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A montadora Subaru caiu 3,7% e a incorporadora Mitsui Fudosan registrou queda de 3,8%.

Já o índice Kospi registrou retração de 0,19%, a 2.328,95 pontos, no fechamento da sessão. De acordo com o analista-chefe de mercado da AvaTrade, Naeem Aslam, os investidores temem a possibilidade de uma recessão em 2023 nos Estados Unidos.

No entanto, dada a resiliência da economia dos EUA e dos dados econômicos, é improvável um cenário em que ocorra um período de crise massiva e prolongada, acrescenta Aslam.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com alta de 0,34%, a 19.160,49 pontos, em virtude do otimismo dos mercados em relação ao relaxamento das políticas de “covid zero” na China.

O setor de saúde e algumas montadoras lideraram os ganhos, com Alibaba Health subindo 2,1% e XPeng registrando alta de 4,7%.

Na China Continental, o índice Xangai Composto fechou em retração de 0,17%, a 3.068,4105 pontos, com o pessimismo dos investidores no país asiático devido ao aumento de casos de covid-19, após uma rápida reabertura.

Embora não haja uma paralisação nacional atualmente, os participantes do mercado e os empresários estão enfrentando incertezas após anos parando e reiniciando repetidamente as atividades econômicas, afirma Robin Xing, economista-chefe para China do Morgan Stanley, em uma coluna aberta na quarta-feira. Os fabricantes de semicondutores e os produtores de automóveis lideraram as quedas da sessão, com a Semiconductor Manufacturing International Corp. caindo 1,3% e a Great Wall Motor registrando queda de 1,8%.

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