Ibovespa sobe 1,09% e volta a 128 mil pontos; dólar fecha em queda
Bolsa de valores hoje ganhou impulso de payroll mostrando mercado de trabalho mais fraco e aliviando juros no Brasil
Com forte influência dos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, a bolsa de valores hoje registrou forte avanço no segundo pregão consecutivo de alta.
Assim, com sinais de desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos, investidores locais repercutiram o otimismo com a alta em papéis voltados para a economia doméstica.
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Então, a Gerdau (GGBR4) entrou em destaque com resultados positivos. Assim, o Ibovespa registrou alta de 1,09%, aos 128.508 pontos. No acumulado da semana, o índice subiu 1,57%
O payroll, divulgado nesta sexta, mostrou a criação de 175 mil vagas de emprego nos Estados Unidos. A expectativa do mercado era da abertura de 240 mil vagas. A desaceleração do emprego na economia americana levou a uma queda do dólar no pregão, que encerrou o dia cotado a R$ 5,0697.
Últimas em Ações
Confira a seguir principais destaques da bolsa de valores, Ibovespa, dólar e índices do exterior hoje.
Ibovespa hoje: payroll alivia Copom
Os sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho americano trouxeram mais um pregão otimista a investidores do Ibovespa.
A leitura de analistas é de que, com um payroll abaixo das expectativas, o Fed teria novamente uma janela para cortar juros da principal economia do mundo, beneficiando, assim, ativos de risco e mercados emergentes.
“Essa percepção foi amparada no payroll”, diz Alexsandro Nishimura, economista da Nomos. O dado trouxe uma percepção ao mercado de que a inflação nos Estados Unidos pode arrefecer pelos próximos meses, o que também corrobora para um corte do Fed. Nishimura estima que a janela para tal movimento volta a ser setembro.
O otimismo também foi sentido nos mercados globais.
“Houve alta nos mercados asiáticos, especialmente no setor de tecnologia, refletindo o resultado de Apple”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus.
O payroll também tira pressão sobre a política monetária do Brasil, afirma o analista.
Na semana que vem, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) se reúne para decidir o futuro da Selic. “Aumentou a perspectiva de um corte de 0,50 ponto percentual na próxima reunião”, destaca Spiess.
“Era que uma coisa que o mercado vinha descartando pela inflação resiliente por lá e aqui. Agora voltou a ala que acredita em corte de 0,50 p.p. Eu acho factível.”
Assim, a queda na expectativa de juros levou varejistas a dominarem a parte de cima do Ibovespa. O destaque ficou com a ação do Magazine Luiza (MGLU3), com alta de 6,85%.
A ação da Gerdau encerrou o pregão com alta de 5,37%, impulsionada pela recepção positiva do mercado sobre os resultados. Entre janeiro e março, a siderúrgica obteve lucro líquido de R$ 1,27 bilhão.
Dólar hoje
O dólar, por outro lado, teve forte desvalorização contra o real nesta sexta. O câmbio registrou queda de 0,85%, com a moeda norte-americana fechando próxima da cotação mínima do dia, e encerrou o pregão no valor de R$ 5,0697.
O economista Robin Brooks, ex-estrategista-chefe do Goldman Sachs, apontou que a recente alta do dólar contra o real “não tem nada a ver com o Brasil”, mas sim com preocupações sobre a economia americana. A queda na taxa de câmbio, assim, coloca o real em protagonismo conta moedas emergentes, afirma o economista.
No cenário internacional, o dólar também perdeu fôlego contra moedas de economias importantes. O índice DXY, que compara a moeda dos EUA contra pares mundiais, índice global da moeda, recuava 0,23%, a 105,05 pontos.
Melhores ações da bolsa de valores hoje
Considerando todas as ações presentes na B3, o melhor desempenho do dia na bolsa de valores ficou com a ação preferencial da Azevedo&Travassos (AZEV4). O papel subiu 20,66% durante o pregão.
Veja logo a seguir as cinco principais altas da bolsa de valores hoje. A lista tem como critério elencar apenas ações da Bovespa envolvendo mil ou mais operações de compra e venda.
- Azevedo&Travassos PN (AZEV4): +20,66%
- Guararapes ON (GUAR3): +13,18%
- Tenda ON (TEND3): +8,18%
- C&A Modas ON (CEAB3): +7,90%
- Positivo ON (POSI3): +7,87%
Piores ações da bolsa de valores hoje
Apesar de a bolsa ter registrado uma alta generalizada de ativos, o pior desempenho do dia ficou com o papel da Americanas (AMER3). A ação da varejista despencou 3,57%.
Confira abaixo as cinco principais quedas da bolsa de valores hoje. O ranking segue o mesmo critério da lista de melhores ações.
- Americanas ON (AMER3): -3,57%
- Enjoei ON (ENJU3): -3,50%
- D1000 ON (DMVF3): -2,94%
- 3Tentos ON (TTEN3): -2,26%
- Wilson&Sons ON (PORT3): -2,05%
Bolsas de Nova York
As bolsas de Nova York fecharam em firme alta nesta sexta-feira, impulsionadas pelos setores de serviços de comunicação e tecnologia no S&P 500, que registraram firmes ganhos na sessão, de 1,07% e 3,08%, respectivamente. Os investidores também ficaram mais otimistas após o payroll indicar desaceleração no mercado de trabalho.
Assim, o índice Dow Jones subiu 1,18% nesta sexta, a 37.986,22 pontos, acompanhado pelas altas de 1,26% no S&P 500, a 5.128,10 pontos, e de 1,99% na Nasdaq, de 16.156,33 pontos.
No acumulado da semana, os índices registraram resultado positivo:
- Dow Jones: 1,14%
- S&P 500: 0,55%
- Nasdaq: 1,43%
Bolsas da Europa
Assim como no Brasil e nos EUA, as bolsas de valores da Europa fecharam em alta generalizada hoje. Resultados de grandes empresas europeias também colaboraram para os ganhos dos mercados na região.
O índice pan europeu Stoxx 600 subiu 0,44%, a 505,40 pontos. Na semana, contudo, ele registrou perda acumulada de 0,51%.
Além disso, nos mercados regionais, o índice DAX de Frankfurt encerrou a sessão cotado a 18.001,60 pontos, com alta de 0,59%. Na semana, entretanto, recuou 0,87%. Já o parisiense CAC 40 recuou 1,62% no balanço semanal, mas fechou esta sexta em alta de 0,47%, a 7.957,57 pontos.
Por fim, o FTSE 100, de Londres, encerrou o pregão com alta de 0,51% e teve ganhos de 0,91% na semana, fechando esta sexta a 8.213,49 pontos.
Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico