B3 (B3SA3): Lucro líquido recorrente atinge R$ 1,13 bi no 1º tri, queda de 7,1% em 12 meses

Incertezas no cenário internacional impactaram negativamente a retomada de volumes nos segmentos de ações e renda variável da B3

Fachada da B3, a bolsa de valores, em São Paulo. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)
Fachada da B3, a bolsa de valores, em São Paulo. (Foto: Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo)

Incertezas no cenário internacional impactaram negativamente a retomada de volumes nos segmentos de ações e renda variável da B3 (B3SA3) no primeiro trimestre.

Conforme informou há pouco, a companhia fechou o período entre janeiro e março com lucro líquido recorrente de R$ 1,13 bilhão, com recuo de 7,1% em 12 meses, mas uma alta trimestral de 6,9%.

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As receitas totais somaram R$ 2,47 bilhões no período, praticamente estáveis na comparação anual, e com queda de 1,1% em relação ao último trimestre de 2023.

As despesas ajustadas totalizaram R$ 503,9 milhões, com alta de 7,5% em 12 meses e recuo de 20,4% na comparação com outubro a dezembro de 2023.

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O Ebitda ficou em R$ 1,62 bilhão, com aumento de 7,8% no trimestre e recuo de 3% em 12 meses.

Giro médio diário cai no segmento ações, mas aumenta em derivativos

No segmento ações e instrumentos de renda variável, o giro médio diário totalizou R$ 23,6 bilhões de janeiro a março, uma queda de 2,8% e de 6,4% nas comparações com o quarto trimestre de 2023 e em 12 meses, respectivamente.

Em derivativos listados, o volume médio diário totalizou 6,7 milhões de contratos, com alta de 8,6% e 10,7% em relação ao último trimestre de 2023 e o primeiro, devido ao bom desempenho dos contratos de juros em reais.

No segmento de balcão, o cenário de taxas de juros mais altas continuou favorecendo os volumes, com crescimento de 14,3% no estoque de instrumentos de renda fixa e de 26,2% no saldo do Tesouro Direto.

Nos outros segmentos, a B3 destacou o crescimento de 33,7% da receita da unidade de infraestrutura para financiamentos, que totalizou R$ 148,0 milhões, impactada pelo programa Desenrola, e de 10,5% da receita de Tecnologia, dados e serviços, que somou R$ 509,9 milhões, refletindo a consolidação de Neurotech e o crescimento do número de clientes acessando as plataformas de balcão. Nessa área houve reajuste anual pela inflação.

“Mesmo em um cenário adverso para o mercado de ações, a eficiência da diversificação de receitas da B3 foi comprovada novamente, com a receita bruta totalizando R$ 2,5 bilhões, praticamente estável tanto em relação ao 1T23 quanto ao 4T23”, escreve a bolsa na nota de resultados.

Na comparação com o quarto trimestre, as despesas totais foram 13,6% menores em função dos efeitos não-recorrentes do quarto trimestre. No trimestre houve impacto negativo de R$ 67,6 milhões referente à baixa no valor de alguns ativos intangíveis.

A B3 anunciou em abril alterações nas políticas de tarifação para o mercado de renda variável, “que visam simplificar e aprimorar a atual tabela de tarifação entre diferentes perfis de clientes, bem como garantir maior eficiência aos mercados em que atua”.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

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