Azul (AZUL4) derrete quase 50% em dois dias; o que fazer com as ações da companhia?
AZUL4: veja o que grandes bancos de investimento estão projetando para as ações da Azul
Queda de 48,15% em menos de 48 horas. Esse é o desempenho da Azul (AZUL4) na bolsa desde sexta-feira (30) até o começo da tarde desta segunda-feira (2). A companhia está explorando opções para reestruturar a sua dívida. E as soluções especuladas não têm agradado os investidores.
Uma reportagem da Bloomberg indicou que a Azul pode recorrer a oferta de ações no Brasil e Chapter 11 para a operação nos Estados Unidos, embora essa última solução seja menos provável.
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Então, ainda na semana passada, a companhia afirmou publicamente que havia má-interpretação da situação e falou sobre sua estratégia de refinanciamento.
Dessa maneira, agentes do mercado têm percepções diferentes, com alguns mais otimistas quanto ao futuro da companhia aérea, enquanto outros se mostram mais resignados com a capacidade de a empresa apresentar soluções adequadas para seu endividamento.
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Preço-alvo e recomendação para AZUL4
Assim, o Goldman Sachs é um dos que encontram mais argumentos positivos que negativos para a companhia aérea brasileira.
Dessa maneira, a recomendação do banco é de compra para AZUL4.
Assim, a previsão de preço-alvo para AZUL4 do Goldman Sachs é de R$ 12,20 para os próximos 12 meses. Uma evolução de mais de 120% em relação ao preço atual do papel.
Já o BTG Pactual mantém recomendação neutra.
O banco havia alterado sua recomendação de compra para neutra depois dos resultados do segundo trimestre.
O preço-alvo do BTG para AZUL4 está em R$ 17 para os próximos 12 meses.
Goldman confia no avanço da lucratividade da AZUL4
O otimismo do Goldman está relacionado à visão de que a Azul conseguiu recuperar a lucratividade do período pré-pandêmico, “o que pode ser visto pelo atual nível das margens EBITDA (apesar da volatilidade significativa no petróleo e no câmbio em 2023/24)”.
Além disso, o banco destaca “comportamento racional do mercado no Brasil”, sustentado pelos três principais players, Azul, Gol e Latam, e aumento da capacidade das companhias aéreas no curto prazo, “acrescentando maior lucratividade”, ainda que haja custos mais elevados.
A projeção do Goldman para a AZUL4 se baseia em um múltiplo alvo de EV/EBITDA com avanço de 4,4x.
Contudo, o banco destaca como riscos potenciais preços do “petróleo acima do esperado e desvalorização da moeda local ante o dólar, menor procura por viagens aéreas e concorrência irracional”.
BTG pede maior clareza sobre gestão de passivos
O BTG diz, em relatório, que os resultados do segundo trimestre da Azul causam “preocupações” com relação à alavancagem da empresa, com aumento nas taxas de câmbio a dívida líquida/EBITDA salta para até 4,5x.
“Acreditamos que (o resultado) deverá continuar pressionado”, diz o banco, “pelo menos até ser dada maior clareza sobre a gestão de passivos”, complementa o relatório.