Papeleiras em alta: BofA melhora projeções para Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN3) e prevê ganhos de até 31%
Ações da Suzano são as preferidas na bolsa brasileira para o Bank ok America, mas instituição também melhora projeções para ações da Klabin
O Bank of America elevou seus preços para celulose em 2024. Com isso, os preços-alvos das ações das ações da Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN3) também avançaram, com o banco de investimento reiterando sua perspectiva positiva para a primeira e melhorando as projeções para a segunda.
A instituição financeira vê um mercado de papel e celulose “mais apertado que o esperado”, com aumento de demanda principalmente na Europa e na América do Norte. Além disso, há uma estabilização “saudável” da demanda na China.
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Também há restrições de oferta que jogam os preços para o alto relacionadas a greves e explosão de uma fábrica importante na Finlândia, grande fornecedora da matéria-prima, além de problemas logísticos no Mar Vermelho.
Apesar disso, o BofA é ponderado com relação à perspectiva para o setor por conta da demanda ainda discreta em alguns produtos manufaturados.
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“Embora estejamos mais positivos em relação à celulose, ainda aguardamos melhorias mais tangíveis no mercado de papelão para contêineres, onde os preços têm lutado para se recuperar”, diz o BofA.
Ações da Suzano
Nesse sentido, o BofA mantém sua recomendação de compra para Suzano, com elevação de preço-alvo de R$ 67 para R$ 80, upside de 31% sobre o fechamento da segunda-feira.
O banco aponta a empresa como a preferência para exposição no setor no Brasil por ser a que mais se beneficia do preço da celulose.
A celulose representa, historicamente, algo perto de 85% do Ebitda da Suzano.
Além disso, a Suzano deve se beneficiar do crescimento dos volumes e da redução de custos à medida que sua usina Cerrado em Mato Grosso, que vai entrar em operação em junho.
As ações da empresa são negociadas abaixo dos múltiplos históricos: 6,0x EV/Ebitda para 2025 contra 7 vezes.
Ações da Klabin
A Klabin está menos exposta à celulose do que concorrentes, como a Suzano. Por isso, a atualização da projeção para a empresa inclui uma recomendação neutra para os papéis. O preço-alvo passa de R$ 20 para R$ 27, potencial de alta de 10,4% sobre o fechamento da segunda.
A mudança é “resultado de melhorias nas despesas com menor consumo de madeira de terceiros e menor distância da floresta até a fábrica, como consequência direta das aquisições anunciadas no final do ano passado”, diz o BofA.
Isso deve desencadear revisões para cima nos lucros e projetamos o Ebitda da Klabin em R$ 7,4 bilhões e R$ 7,7 bilhões em 2024 e 2025, respectivamente (10% e 6% acima do consenso). A Klabin é negociada a 7x EV/Ebitda em 2025 contra 8 vezes da média histórica.