Cyrela surpreende e bancos mantêm previsão positiva para ações da construtora

A empresa registra alta de mais de 10% na bolsa em 12 meses, reforçada pela valorização no pregão desta quarta (18)

Complexo Eden, projeto de alto padrão da Cyrela no Brooklyn, em São Paulo - imagem: divulgação
Complexo Eden, projeto de alto padrão da Cyrela no Brooklyn, em São Paulo - imagem: divulgação

Os resultados prévios da Cyrela (CYRE3) para o quarto semestre de 2022 surpreenderam positivamente, nesta quarta (18), as instituições financeiras que acompanham as ações da empresa, mantendo o bom resultado anotado no trimestre anterior.

Todos os bancos consultados mantiveram recomendação de compra para as ações da empresa de construção e incorporação.

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A empresa registra ao longo dos últimos 12 meses resultado positivo na bolsa de valores, com alta de mais de 10% no período, reforçando essa alta no pregão desta quarta, com valorização de R$ 3,40 por volta das 14h.

Confira a projeção dos bancos para a empresa depois dos resultados apresentados.

XP: alto padrão sustenta resultados da Cyrela

Segundo a XP, os resultados da Cyrela no quarto trimestre superaram expectativas, apoiados no desempenho de vendas, mesmo com o cenário macroeconômico desafiador, o que aponta uma tendência positiva no segmento de alta renda, diz a XP.

Segundo relatório, os lançamentos somaram R$ 2,69 bilhões, superando estimativas em 8%, com destaque para vendas de lançamentos em R$ 1,64 bilhão.

A corretora destaca que 52,8% do total de vendas da Cyrela foi no segmento de alto padrão, refletindo a resiliência do segmento mesmo com as incertezas econômicas. Juntando com média renda, totalizaram 89,7% das vendas.

A XP tem recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo em R$ 33, potencial de alta de 135% sobre o fechamento de ontem.

Bradesco: resultados contrariam mercado

A Cyrela contrariou a percepção cautelosa do mercado para o segmento de média e alta renda, apresentando resultados robustos no quarto trimestre, diz o Bradesco BBI.

Os analistas do banco escrevem que os lançamentos de R$ 1,44 bilhão caíram 38,7% em um ano, mas, ainda assim, mantendo patamares elevados, o que impulsionou as vendas em 11%, a R$ 1,5 bilhão.

Com os resultados, a Cyrela impediu crescimento nos seus estoques, mantendo velocidade de vendas em 58%, outra indicação que a execução da companhia no setor é diferenciada.

O Bradesco BBI tem recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo em R$ 22.

Goldman Sachs: Cyrela tem desempenho operacional superior ao de pares

Os resultados da Cyrela no quarto trimestre foram na contramão das outras empresas do setor imobiliário, que vinham apresentando tendências negativas, e conseguiu superar as expectativas do mercado, diz o Goldman Sachs.

O banco destaca que a performance da construtora no quarto trimestre é notável porque conseguiu superar eventos potencialmente negativos, como eleições e Copa do Mundo, que afetaram as vendas de outras empresas do setor.

O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo em R$ 19,50.

Credit Suisse: empresa reforça posicionamento estratégico

Os resultados de quarto trimestre da Cyrela reforçam o posicionamento estratégico da empresa em meio ao cenário macroeconômico em deterioração, diz Credit Suisse.

Análise do banco avalia que a companhia já vinha tendo desempenho operacional superior aos pares de mercado há algum tempo, mantendo boa performance de vendas mesmo com o cenário desafiador.

Segundo o texto, a Cyrela se mantém como a construtora melhor posicionada no setor de média e alta renda e deve manter performance elevada, com bom retorno sobre investimentos.

O Credit Suisse tem recomendação de compra para Cyrela, com preço-alvo em R$ 21.

BofA: prévia mais forte que a prevista

Cyrela traz prévia do 4º tri mais forte que o previsto, avalia BofA

A Cyrela reportou uma prévia operacional do quarto trimestre mais forte do que o previsto, com alguma recuperação impulsionada pelo forte desempenho de lançamentos, comenta o Bank of America (BofA) em relatório.

O banco segue cauteloso em relação às empresas de média/alta renda. “A chave a ser observada é o desempenho da margem em meio à acessibilidade deteriorada em um ambiente de descontos, enquanto qualquer desaceleração ou aumento nos cancelamentos em meio a picos de entrega criariam camadas adicionais de preocupação”, comentam os analistas Carlos Peyrelongue e Aline Caldeira.

Para o banco, a Cyrela é o nome preferido entre as empresas de média/alta renda devido à diversificação e mobilidade entre os segmentos. A casa diz que a empresa “lança assertividade” em um ambiente desafiador, com uma dinâmica de ganhos ainda forte, apesar das tendências operacionais mais fracas.

O Bank of America (BofA) reiterou a recomendação de compra para as ações da Cyrela, com preço-alvo de R$ 21.

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