As 11 ações necessárias para o Brasil liderar a economia mundial de baixo carbono
Estudo aponta que, se alcançar a neutralidade, o crescimento econômico pode aumentar em até US$ 150 bilhões anuais ao PIB brasileiro
O Brasil tem potencial para se tornar o primeiro país a alcançar a neutralidade de carbono e, com isso, acelerar seu crescimento econômico nos próximos 8 anos, de acordo com um estudo feito por uma consultoria com organizações multilaterais, setor privado, cientistas e comunidades originárias e apresentado na COP27.
Segundo os cálculos, o Brasil pode mitigar 1,3 Gton de carbono até 2030 e contribuir com cerca de 1,9 Gton em excedente para o resto do mundo até 2050. Com isso, o país poder se tornar um exemplo de prosperidade econômica sustentável para as próximas décadas.
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As conclusões são do relatório “The Amazon’s Marathon: Brazil to lead a low-carbon economy from the Amazon to the world”, realizado pela Systemiq Brasil e apresentado nesta quarta-feira (9) na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – a COP27, no Egito.
Se alcançar a neutralidade, o crescimento econômico brasileiro pode aumentar em US$100 a US$150 bilhões anuais ao PIB.
Para isso, segundo o estudo, são necessárias 11 ações: valorizar a floresta em pé, promover a agricultura sustentável, descarbonizar o setor de energia, promover tecnologia e inovação, desenvolver a mão de obra dos trabalhos para atividades de tecnologia verde, garantir o bem-estar e a resiliência do povo amazônico, fornecer às comunidades da Amazônia as ferramentas para construir uma bioeconomia próspera, resguardar o conhecimento ancestral, restabelecer o Estado de Direito e fortalecer as instituições responsáveis, desenvolver a infraestrutura e promover a cooperação dos stakeholders.
“Já existem muitas soluções sendo implementadas para impulsionar o crescimento verde do Brasil, e precisamos investir para que elas ganhem escala e impulsionem essa ascensão nos próximos dois anos. O Brasil é a única grande nação que pode construir uma economia mais forte, resiliente e produtiva, ao mesmo tempo em que reduz as emissões até 2030”, afirma Patricia Ellen, sócia líder da consultoria responsável pelo estudo.