Ações da Prio (PRIO3) sustentam forte alta após divulgação de produção trimestral; analistas destacam ‘boa execução’

A empresa também é beneficiada pelo anúncio de redução da produção do petróleo no mercado internacional

As ações da Prio (PRIO3), antiga PetroRio, estão em alta na bolsa de valores depois de a empresa anunciar seus números de produção diária no primeiro trimestre de 2023. Além disso, a petroleira está sendo beneficiada pelo anúncio de redução da produção do petróleo no mercado internacional, feito pela Opep+ no último final de semana.

A combinação desses fatores vem impulsionando os papéis nesta terça, com alta de 4,85% por volta das 11h, com as ações cotadas a R$ 33,97. Na segunda, a empresa já tinha ficado entre as melhores do Ibovespa, feito que vai se repetindo no pregão do dia.

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Projeções para as ações da Prio (PRIO3)

O Citi tem recomendação de compra para Prio, com preço-alvo em R$ 60, potencial de alta de 85,1% sobre o fechamento de segunda.

A XP tem recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 41,60, potencial de alta de 28,4%.

O Credit Suisse também recomenda compra e coloca preço-alvo em R$ 42, um potencial de alta de 29,6%.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para Prio, com preço-alvo em R$ 54.

Citi destaca sucesso das iniciativas de perfuração

A Prio registrou produção diária de 61 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) no primeiro trimestre de 2023. No mês de março, a companhia atingiu produção de 64,6 mil boed, uma queda de 5,2% na comparação com fevereiro deste ano. Os dados operacionais são preliminares e não auditados.

De janeiro a março, a produção no Campo de Frade totalizou 33,8 mil barris de óleo por dia, enquanto em Polo Polvo e Tubarão Martelo a produção ficou em 12,4 mil barris de óleo por dia. No Campo de Albacora Leste, no qual a companhia detém participação de 90%, a produção foi de 14,7 mil barris de óleo por dia.

O crescimento de 27% nas reservas da Prio mostra resultados melhores que o esperado das suas iniciativas de perfuração, diz o Citi.

Os analistas Gabriel Barra, Andrés Cardona e Joaquim Alves Atie escrevem que a companhia elevou reservas em mais de 130 milhões de barris, com destaque para o Campo de Frade, com reservas dobrando no ano.

O banco destaca que o aumento nas reservas reduziu o custo de extração da Prio de US$ 7,60 para US$ 5,10 por barril, ajudando também uma redução nos investimentos de perfuração.

XP: Prio ganha alavancagem operacional

A nova certificação de reservas da Prio superou expectativas, com o ganho de alavancagem operacional reduzindo custos de extração e evitando impacto da inflação, diz a XP.

Os analistas André Vidal, Guilherme Nippes e Helena Kelm escrevem que a alta nas reservas da companhia foi impulsionada pelos campos de Frade e Albacora Leste. A Prio conseguiu reduzir investimentos em 18%.

“A Prio conseguiu garantir as suas necessidades de abastecimento até 2024 e, portanto, a inflação de custos não apareceu nos seus novos relatórios de reserva”, afirma a corretora.

Prio aumenta reservas com menos investimentos, diz Credit

A Prio apresentou uma combinação de aumento nas reservas com menos investimento, o que é uma notícia positiva, dado o cenário de inflação de custos atual, diz o Credit Suisse.

Os analistas Regis Cardoso e Marcelo Gumiero escrevem que isso foi possível por conta de uma melhoria na execução da companhia e produtividade maior que o esperado dos poços.

Na noite de segunda-feira, a Prio divulgou um crescimento de 27% nas reservas provadas, a 547 milhões de barris, impulsionadas pelos campos de Frade e Albacora Leste.

O banco nota que a empresa está bem posicionada para ter resultados robustos no primeiro trimestre, tendo vendido 5,7 milhões de barris em março, reduzindo estoques de dezembro.

BTG também destaca boa execução

A combinação de crescimento nas receitas e menores desembolsos de capital confirmam o histórico de boa execução da Prio e a tendência de superar expectativas operacionais, diz o BTG Pactual.

Os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte escrevem que as campanhas de revitalização feitas pela companhia deram certo, com reservas provadas subindo 27% no ano, o que deve impulsionar a produção da Prio em 2023.

A queda nos custos por barril mesmo com aumento nas reservas vai na direção contrária de outras empresas do setor, que estão sentindo efeitos sa inflação. A Prio tem estimativas conservadoras de curva de preços, o que pode ajudar nesse efeito.

O banco vê o curto prazo da companhia como promissor, em meio ao movimento de alta no petróleo. As ações estão com preços atrativos após a queda recente com os ruídos no cenário político, apontam.

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