Ações em alta: Pão de Açúcar (PCAR3) sobe mais de 10% com estudo do Grupo Casino

Entre as principais ações em alta do Ibovespa nesta quarta-feira (3), o papel do Pão de Açúcar teve destaque ao subir mais de 10%. A ação da varejista brasileira, cotada ao final do pregão em R$ 4,63, saltou em meio à divulgação de um estudo por seu principal controlador, o francês Grupo Casino. Nele, uma firma independente constatou que o projeto de reestruturação de capital da holding seria “justo a todos os acionistas”.

Atrás de Pão de Açúcar no ranking de ações em alta, o ativo ON de Grupo Soma (SOMA3) finalizou o dia em segundo lugar, sob valorização de 5,31%. O dia também foi positivo para petroleiras, tanto para a estatal Petrobras (PETR3;PETR4) como para as privadas. Na lanterna da bolsa, por outro lado, as aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) sofreram pressões.

Ações em alta: Por que Pão de Açúcar (PCAR3) subiu hoje?

Além do burburinho corporativo vindo de seu acionista controlador, o Pão de Açúcar surfou no Ibovespa hoje um movimento favorável na curva de juros futura.

As taxas DI para 2025 caíram 2 pontos-base, ou 0,02%, mesma queda registrada para contratos de juros futuros com vencimento para 2027. Na ponta longa, os contratos para 2030 tiveram queda de 1 bps, ou 0,01%, enquanto o juro futuro para 2031 oscilou para cima na mesma magnitude.

Esse movimento na curva de juros futuros favoreceu Pão de Açúcar (PCAR3), Grupo Soma (SOMA3) e Cielo (CIEL3), ações mais voltadas para a economia brasileira.

Porque a Petrobras (PETR3;PETR4) subiu hoje?

Contudo, o exterior apresentou oportunidade para ações das petroleiras entrarem em ciclo de alta. Tensões geopolíticas no Mar Vermelho, no Oriente Médio, contribuíram para que o preço da commodity saltasse mais de 3% nesta quarta.

Na terça-feira, a gigante de logística de containers Maersk divulgou um comunicado proibindo navios de navegarem pelo Mar Vermelho. A região é um dos principais caminhos para a saída do petróleo de países do Oriente Médio, como Síria e Irã.

Ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram mais de 3% no Ibovespa hoje. O papel ON liderou ganhos entre petroleiras, com valorização de 3,40%. Já o preferencial subiu 3,12%.

Além disso, entre as petroleiras privadas, Prio (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum tiveram altas de 3,37%, 2,31% e 1,31%, respectivamente.

Confira as 10 principais altas do Ibovespa nesta quarta-feira (3)

1. Pão de Açúcar ON (PCAR3): +10,50%
2. Grupo Soma ON (SOMA3): +5,31%
3. Cielo ON (CIEL3): +3,74%
4. Petrobras ON (PETR3): +3,40%
5. Prio ON (PRIO3): +3,37%
6. Petrobras PN (PETR4): +3,12%
7. Alpargatas PN (ALPA4): +3,01%
8. Iguatemi UNIT (IGTI11): +2,84%
9. PetroReconcavo (RECV3): +2,31%
10. Vamos ON (VAMO3): +2,23%

Ações em queda: BRF (BRFS3) cai 4,91%; entenda

Entre as ações com maiores quedas no Ibovespa hoje, o papel da BRF se destacou, despencando 4,91%.

Nesta quarta, um relatório do BTG Pactual analisou uma eventual fusão entre o frigorífico focado no mercado aviário e a Marfrig (MRFG3), atual controladora da BRF. Na semana passada, a companhia de Marcos Molina aumentou o capital votante da BRF para 50%, movimento visto pelo mercado como possível estopim para uma fusão.

Com o aumento, a Marfrig tem 842,16 milhões de ações da BRF (BRFS3).

Se ações das petroleiras estiveram em alta hoje, as ações de empresas sensíveis à oscilação positiva do petróleo ficaram entre as piores do dia. Tanto o ativo PN de Azul (AZUL4) quanto o de Gol (GOLL4) registraram quedas, de 3,33% e 2,51%, respectivamente.

Incorporadoras também sofreram com a oscilação do Ibovespa no dia. A ação da MRV (MRVE3) caiu -2,52% com a cautela dos investidores. Já o papel ON de Cyrela (CYRE3) cedeu 1,73%.

Confira as 10 ações com maiores quedas no Ibovespa nesta quarta-feira (3)

1. BRF ON (BRFS3): -4,91%
2. Azul PN (AZUL4): -3,33%
3. Braskem PNA (BRKM5): -2,84%
4. JBS ON (JBSS3): -2,78%
5. MRV ON (MRV3): -2,52%
6. Gol PN (GOLL4): -2,51%
7. Magazine Luiza ON (MGLU3): -2,44%
8. Yduqs ON (YDUQ3): -2,15%
9. Embraer ON (EMBR3): -2,09%
10. Lojas Renner ON (LREN3): -1,86%

Com informações do Estadão Conteúdo