Ações da Azul (AZUL4) fecham em forte alta na bolsa com cenário favorável para aéreas
Segundo o BofA, ações da Azul passaram a apresentar um risco-retorno mais equilibrados
As ações da companhia aérea Azul (AZUL4) têm forte alta na bolsa diante da perspectiva de queda no preço do querosene de aviação após a Petrobras anunciar a queda de outros combustíveis na semana passada.
No começo do mês, a empresa já havia anunciado queda de 11% no combustível usado pelas áreas em relação aos preços de abril.
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No fechamento desta segunda-feira (22), as ações da companhia subiram 9,37%, cotadas a R$ 15,40. Nos últimos 12 meses, os papéis têm forte queda: -27,01%.
Recomendação e preço-alvo
O Bank of America (BofA) atualizou a sua recomendação sobre as ações da Azul de venda para neutra e elevou o preço-alvo para o papel de R$ 11,80 para R$ 18.
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O preço-alvo para os ADRs negociados na Bolsa de Nova York também passou de US$ 6,90 para US$ 11.
Segundo o banco, após a valorização do real, os avanços no plano de reestruturação com arrendadores e a tendência de baixa na curva do preço de combustível de aviação, as ações da Azul passaram a apresentar um risco-retorno mais equilibrados.
Crescimento da oferta de voos
O BofA estima que a oferta de voos no Brasil cresça 32% entre 2023 e 2024 e que a oferta da Azul avance 29% no período. Assim, a tendência de diminuição dos custos de combustível pode permitir que a empresa reduza as suas tarifas e estimule a demanda.
Isso também pode fazer com que os rendimentos da Azul em 2024 fiquem 17% acima do nível de 2019.
Já sobre o plano de reestruturação da companhia com os arrendadores, a Azul anunciou uma redução de R$ 5,4 bilhões nos pagamentos futuros, dos quais 40% serão pagos por meio de títulos com vencimento em 2030 e 60% por meio de 14 parcelas trimestrais de capital entre o segundo semestre de 2024 e o segundo semestre de 2027.
Isso deve adicionar entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões ao valor presente líquido (VPL) da Azul, assumindo uma diluição futura e uma faixa de preços de conversão de entre R$ 10 e R$ 50 por ação.
O BofA projeta um cenário com um preço médio de conversão de R$ 33,70 ou 96 milhões de ações emitidas entre o segundo semestre de 2024 e o segundo semestre de 2027, contra a referência de R$ 36 da Azul, implicando um valor presente líquido de R$ 4,7 bilhões.