Acionista controlador é receita para longevidade, dizem executivos de empresas centenárias no Macro Vision

Executivos de Suzano, Klabin e Energisa frisaram que modelo de governança e aspectos culturais fizeram a diferença ao longo do tempo

Presidente do conselho da Suzano, David Feffer,, participou do Macro Vision 2024. Foto: Itaú Unibanco Divulgação
Presidente do conselho da Suzano, David Feffer,, participou do Macro Vision 2024. Foto: Itaú Unibanco Divulgação

Ter uma família controladora ou acionista de referência é um elemento-chave para empresas que querem se perpetuar. Isso foi o que concluíram nesta segunda-feira (14) membros do conselho de administração da Suzano (SUZB3), Klabin (KLBN11) e Energisa (ENGI11). São todas companhias brasileiras centenárias e estiveram na edição 2024 do Macro Vision. Trata-se do evento anual de macroeconomia do Itaú BBA.

“Já acreditei em empresas de capital difuso e em CEOs (presidentes-executivos) de curta duração”, disse Horácio Lafer Piva, presidente do conselho da Klabin.

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Dessa maneira, a Klabin é a maior fabricante brasileira de papéis para embalagens. Ela foi fundada em 1899.

“Mas eu participei de conselhos de empresas com essas características que o processo decisório é completamente diferente em companhias com acionistas de referência”, complementou.

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Então, segundo ele as corporações que duram no tempo têm em comum o fato de as gerações preservarem aspectos culturais, religiosos e políticos dos fundadores.

Macro Vision: governança apoiada em acionista

Assim, o presidente do conselho da Suzano, David Feffer, contou que governança apoiada num acionistas de referência foi determinante para atravessar um século de vida.

A empresa completa a marca neste ano.

Assim, a Suzano foi fundada pelo avô de David, o imigrante Leon Feffer. Então, naquele momento sua terra natal, a Ucrânia, enfrentava uma guerra contra a Rússia, como agora. Hoje a empresa é a maior fabricante de celulose do mundo,

“Também criamos uma governança sólida, em acordo com nossos stakeholders (públicos de interesse, como acionistas, fornecedores e clientes) e uma gestão meritocrática”, acrescentou ele.

Ricardo Botelho, CEO e vice-presidente do conselho da Energisa, considerou que o modelo de governança de família foi vital para a longevidade da empresa.

Botelho é da família de um dos membros fundadores da companhia, maior grupo empresarial privado com capital 100% nacional. A empresa surgiu em 1905.

“Mas pensamos sempre como uma startup”, afirmou, ponderando que a inovação sempre esteve presente nos planos da companhia.

O painel teve mediação do presidente-executivo do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho. O banco também completa seu centenário em 2024.

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