Mais de 20 mil profissionais foram demitidos no ‘inverno cripto’
Demissões em massa atingiram mais de 50 empresas de cripto, desde abril do ano passado; cortes vão de 20% a 40% do quadro de funcionários
Enquanto derrubava os preços das criptomoedas, o chamado ‘inverno cripto’ afetou diretamente os negócios das empresas do segmento, gerando uma onda de demissões em massa que pode passar de 20 mil profissionais dispensados.
O caso mais recente é da exchange Crypto.com — uma das patrocinadoras da Copa do Mundo realizada em novembro, no Catar —, que anunciou, na sexta (13), a redução de 20% de seu quadro de funcionários. A corretora já havia anunciado um corte em outubro do ano passado.
Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS
Um levantamento do site especializado “CoinDesk”, publicado na quinta-feira (12), relaciona uma série de anúncios de demissões, envolvendo cerca de 50 empresas do ecossistema, desde abril do ano passado – um mês antes do colapso do projeto Terra/Luna, que agravou ainda mais o mercado e gerou um efeito cascata sentido até hoje.
De acordo com o CoinDesk, pelo menos 28.144 postos de trabalho foram fechados no segmento, levando em conta relatórios e comunicados divulgados pelas empresas. Os cortes anunciados variam entre 20% e 40% dos quadros de funcionários.
Somente este ano, sete companhias demitiram: Blockchain.com, ConsenSys, SuperRare, Huobi, Genesis e Silvergate. Soma-se à lista a Coinbase, que demitirá 950 pessoas. A gigante norte-americana também já havia feito dispensas em novembro.
Outra grande exchange, a Kraken, dispensou 1.100 funcionários, também em novembro.
Empresas não diretamente ligadas aos negócios com criptomoedas também foram afetadas pela crise no setor. A Meta Platforms, de Mark Zuckerberg, demitiu cerca de 11 funcionários dos diversos braços da empresa, como Facebook, Instagram, Whatsapp e de seu programa de desenvolvimento do metaverso.