Morre Cid Moreira, primeiro apresentador do Jornal Nacional, aos 97 anos
Jornalista comandou principal telejornal da TV brasileira por mais de 26 anos
O jornalista Cid Moreira, um dos nomes mais famosos da televisão brasileira, morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos.
A informação foi confirmada pela esposa dele, Fátima Moreira, ao programa Encontro, da TV Globo. Cid Moreira tinha problemas renais e estava há algumas semanas internado no Hospital Santa Tereza, no Rio de Janeiro.
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Cid Moreira foi o primeiro apresentador do “Jornal Nacional” em 1969 e comandou o telejornal por 26 anos. De acordo com o Memória Globo, o jornalista falou o clássico “Boa Noite” no telejornal mais de 8 mil vezes ao longo desse período. A sua parceria mais famosa foi com Sérgio Chapelin.
Carreira de Cid Moreira
Cid Moreira nasceu em Taubaté (SP) e se formou em contabilidade. O jornalista começou a sua carreira no rádio. Trabalhou em diversas rádios nos anos 1950, passando pelas rádios Difusora, Bandeirantes e Mayrink Veiga.
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No entanto, foi nas suas experiências na televisão que se consagrou. A primeira foi em 1956 na TV Rio.
Posteriormente, se tornou apresentador de telejornal em 1963, com o “Jornal da Vanguarda”, da TV Rio. Já na TV Globo, passou pelo “Jornal da Globo” antes da estreia do “Jornal Nacional”, que se tornou, segundo o Memória Globo, o primeiro telejornal exibido em rede nacional.
“Eu só ia para apresentar o jornal. Naquele dia, cheguei e vi aquele nervosismo, todo mundo preocupado. E, para mim, era normal. Mas no dia seguinte, vi na capa do jornal O Globo: ‘Jornal Nacional…’ Aí comecei a perceber a dimensão”, contou Cid Moreira, em entrevista ao Memória Globo.
Após a saída do JN, quando deu lugar à William Bonner e Lillian Witte Fibe, Cid Moreira seguiu na Globo, atuando no “Fantástico” e em outros programas. Por outro lado, em paralelo, iniciou o projeto de emprestar a sua voz, tão conhecida do público pela imponência, à narração da Bíblia. Em 2011 concluiu o objetivo de narrar na íntegra o livro sagrado do cristianismo.
