Fortuna do homem mais rico da Alemanha teria ligação com nazismo; saiba quem é Klaus-Michael Kühne

Investigação revela possíveis ligações entre o patrimônio de Kühne e o confisco de bens de 70 mil judeus

Klaus-Michael Kühne, o homem mais rico da Alemanha (Foto: Reprodução)
Klaus-Michael Kühne, o homem mais rico da Alemanha (Foto: Reprodução)

A origem do patrimônio de Klaus-Michael Kühne, o homem mais rico da Alemanha, ganhou os holofotes. Reportagem publicada pela revista norte-americana Vanity Fair sugere que a fortuna do bilionário está ligada ao confisco de bens de cerca de 70 mil judeus durante o regime nazista. A seguir, entenda a polêmica e saiba quem é Kühne.

Quem é o homem mais rico da Alemanha?

Com uma fortuna estimada em US$ 41,2 bilhões (R$ 250 bilhões), de acordo com a Forbes, Klaus-Michael Kühne tem  87 anos é presidente da multinacional de logística  Kuehne+Nagel e maior acionista de empresas renomadas como a Lufthansa, além de possuir participações significativas em diversas outras empresas. Apesar de seu sucesso empresarial, a origem de sua riqueza é um tema sensível e do qual ele não gosta muito de falar.

Receba no seu e-mail a Calculadora de Aposentadoria 1-3-6-9® e descubra quanto você precisa juntar para se aposentar sem depender do INSS

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

A revista Vanity Fair publicou uma reportagem que revelou como a fortuna da família Kühne teria crescido substancialmente durante a Segunda Guerra Mundial. Naquela época, o regime nazista confiscava sistematicamente propriedades de famílias judias.

A investigação aponta que a empresa Kuehne+Nagel desempenhou um papel central nesse processo, especialmente no que diz respeito ao transporte de bens saqueados.

Últimas em Quem é?

Como Kühne está envolvido?

Klaus-Michael ingressou na empresa familiar em 1958, aos 21 anos. Desde então, expandiu os negócios, transformando a companhia em uma potência global.

Porém, as ações de seu pai, Alfred Kühne, e de seu tio, Werner Kühne, envolvem a expulsão forçada de Adolf Maas, sócio judeu da empresa, sem qualquer compensação. Esse ato teria sido parte de uma política maior de “arianização”, a qual beneficiou as empresas alemãs durante o regime nazista.

Além do saque e transporte de bens de famílias judias, suspeita-se que a família Kühne tenha fornecido o gás Zyklon B para os campos de extermínio nazistas.

A reação de Klaus-Michael Kühne

A pressão para que Kühne reconheça publicamente o passado familiar cresce continuamente, à medida que mais informações vêm à tona. O bilionário nunca negou os crimes de guerra cometidos por sua família. Entretanto, nunca os reconheceu publicamente.

Vale lembrar que, em 2015, Klaus-Michael encomendou uma investigação sobre o passado da família; porém, nunca publicou os resultados. A revolta de muito alemães contra a família Kühne, entretanto, é uma realidade. O túmulo de Alfred Kühne, por exemplo, foi profanado com a inscrição “nazi-Kapital” (capitalista nazista).

Residente na Suíça há décadas e sem herdeiros diretos, Kühne é um importante patrono da cidade de Hamburgo, onde financia a orquestra filarmônica Elb-Philharmonie e possui o time de futebol Hamburgo.

Apesar de sua ligação com a cultura, vários vencedores de prêmios literários recusaram honrarias financiadas pela fundação Kühne devido à ligação com o passado nazista.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

Mais em Bilionários


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS