Documentário na Disney+ mostra a trajetória do maior tenista da história do Brasil

Série tem episódios com aproximadamente 25 minutos que mostram a trajetória do brasileiro Gustavo Kuerten pelas quadras do mundo

O tenista brasileiro Gustavo Kuerten durante partida do Australian Open de 2001 Foto: Wikimedia Commons
O tenista brasileiro Gustavo Kuerten durante partida do Australian Open de 2001 Foto: Wikimedia Commons

O tênis profissional perdeu o talento e garra de Rafael Nadal. Nesta semana ele anunciou sua aposentadoria das quadras. Gustavo Kuerten, o principal tenista da história do país, já pendurou a raquete faz tempo, no distante ano de 2008.

Então, pode-se dizer que só agora o ex-atleta ganha uma série documental sobre sua carreira. Valeu esperar.

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‘Guga por Kuerten’ foi lançado neste ano pelo Disney+. Trata-se de uma gigante da transmissão esportiva e do streaming. E o projeto desaguar nesta empresa mostra como ele foi importante para a história do tênis mundial. O documentário conta com cinco capítulos, cada um deles com aproximadamente 25 minutos.

‘Guga por Kuerten’: o documentário

Não há na série nada de disruptivo.

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O roteiro segue o caminho tradicional: a narrativa é linear – do esforço inicial, passando pela explosão em Roland Garros e relatando o fim da carreira de luta do tenista contra adversários e lesões.

Assim, os fãs se deleitam com entrevistas feitas com o próprio Rafael Nadal, Roger Federer e Novak Djokovic. É o triunvirato sagrado do tênis falando (bem) de um brasileiro no qual poucos apostariam suas fichas.

Então, a luta de Guga é louvável e de superação. O tenista perde o pai muito menino. É sua maior referência. Ele é acolhido pelo treinador Larri Passos. É ele o responsável por trazer à tona todo o potencial do menino de Santa Catarina.

Aliás, uma das passagens mais marcantes do documentário é quando revela-se que foi de Larri a proposta de tornar Guga o número 1 do mundo. Não era nem necessário sonhar tão alto, uma vez que Guga já havia vencido um Grand Slam, o da França.

Mas essa foi sempre uma característica da dupla Larri-Kuerten. Foco, trabalho duro, concentração extrema e pensar grande. Deu certo.

Três dias no Rio de Janeiro

Este jornalista pôde observar de perto uma ínfima parte desta cartilha Larri-Kuerten. Então credenciado para cobrir o confronto entre Brasil e Eslováquia. Era quartas-de-final da Copa Davis, no Rio de Janeiro. Era o ano de 2000. E o Brasil sonhava alto na competição por equipes mais tradicional do tênis mundial.

Ali, Guga parecia carregar o mundo nas costas. Sério, concentrado. Sua postura contrastava com a de seu contemporâneo Fernando Meligeni.

Mais solto, mais aberto com todos que o cercavam.

Dessa forma, o Brasil venceria aquele confronto ao marcar três vitórias contra duas dos adversários. O triunfo final não foi de Guga, foi um improvável sucesso de Meligeni contra Karol Kucera.

O Guga que aparece no documentário não é nem de longe aquele atleta pronto para vencer qualquer adversário. O sisudo dá lugar ao jovem senhor que olha tudo em perspectiva, com alegria e saudosismo nos olhos. É um novo Guga que aparece na tela e que conta muito bem a história do Kuerten número 1 do mundo. Ainda bem que temos um novo Guga.

A carreira profissional de Gustavo Kuerten

Assim, de acordo com a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Guga foi número 1 do mundo no fim de 2000. Conquistou 358 vitórias e perdeu 195 vezes. Conquistou 20 torneios profissionais e amealhou mais de US$ 14,8 milhões em premiação.

Apenas como curiosidade.

Fernando Meligeni, seu contemporâneo, perdeu mais do que ganhou (202-217) e obteve três títulos na carreira. Mas qualquer comparação aqui será extremamente injusta. Meligeni foi o melhor tenista brasileiro entre os humanos.

Pois Guga era de outro mundo.

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