Bia Haddad garante cerca de R$ 3 milhões no US Open, mas chance de fazer história move tenista
Mas é possível afirmar que o prêmio em dinheiro passa longe da cabeça da principal tenista brasileira na partida de hoje nos Estados Unidos
Quando pisar nesta quarta-feira (4) na mítica Arthur Ashe, em Nova York, para disputar pela primeira vez na história uma partida de quartas-de-final do US Open, a brasileira Bia Haddad Maia terá garantido uma premiação – apenas na chave individual feminina – de US$ 530 mil. O que significa, pela cotação de terça-feira (3), algo em torno de R$ 3 milhões.
Mas é possível arriscar dizer (escrever) que essa questão não estará ocupando sequer um pedacinho dos seus pensamentos, que estarão voltados totalmente para a partida contra a checa Karolína Muchova.
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A fala da brasileira após a última vitória nos permite arriscar dizer (escrever) o parágrafo acima. Ao site oficial do US Open, ela declarou: “É muito legal ver tanta gente, especialmente brasileiros torcendo por mim e me acompanhando durante o ano todo”. “Eu acho que isso me dá motivação para seguir também porque eu sei que existem um monte de meninos e meninas que podem se inspirar”.
Assim, uma vitória – mais uma – garantirá a tenista brasileira na semifinal do último Grand Slam do ano. É muita coisa, um feito que certamente ficará marcado na história do esporte brasileiro.
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Mas a partida será contra uma adversária com a qual Bia Haddad jogou duas vezes. A brasileira perdeu ambas. A primeira partida ocorreu em 2022, a segunda, no ano passado. Haddad e Muchova têm a mesma idade: 28 anos.
Premiação total da carreira de Bia Haddad
Segundo informações divulgadas pelo site oficial do torneio, Bia Haddad acumulava – antes do torneio – cerca de US$ 6,4 milhões em premiações. É uma quantia semelhante aos US$ 6,6 milhões obtidos pela sua adversária desta quarta-feira.
Assim, é importante lembrar que as premiações financeiras são equivalentes entre homens e mulheres no US Open. Um passo bastante importante na valorização da chave feminina do torneio e das mulheres e atletas em si.
O Grand Slam norte-americano já protagonizou vitórias de ícones do esporte como o bicampeonato de Monica Seles na década de 1990 e a vitória da argentina Gabriela Sabatini, em 1990. Sabatini é a única sul-americana a vencer o torneio no período que compreende a era aberta dos torneios de tênis. Por aberta, entende-se profissional.
Mas antes, a icônica Maria Esther Bueno havia vencido em Nova York quatro vezes. A primeira delas, em 1959. Houve ainda o bicampeonato em 1963 e 1964 – a última vitória foi em 1966.
É, portanto, a chance de Bia fazer história mais uma vez nos Estados Unidos. E será esse o pensamento da atleta. Que ela tenha sorte.
Confira os valores das premiações das chaves individuais do US Open
Avanço | Valores (US$) |
Campeão ou campeã | 3,6 milhões |
Segundo colocado ou colocada | 1,8 milhões |
Semifinal | 1 milhão |
Quartas-de-final | 530 mil |
Rodada de 16 (oitavas-de-final) | 325 mil |
Rodada de 32 (Terceira rodada) | 215 mil |
Rodada de 64 (Segunda rodada) | 140 mil |
Rodada de 128 (Primeira rodada) | 100 mil |