Veja o que dizem os analistas sobre as ações da Ferrari (RACE) após a contratação de Hamilton 

Piloto de Fórmula 1 mais bem-sucedido da história, Lewis Hamilton tem 103 vitórias e salário milionário, com direito a doação para jovens minorias no automobilismo

Lewis Hamilton deixa Mercedes e será piloto da Ferrari a partir de 2025 (Foto: Jiri Krenek / Mercedes Benz)
Lewis Hamilton deixa Mercedes e será piloto da Ferrari a partir de 2025 (Foto: Jiri Krenek / Mercedes Benz)

No início de fevereiro, mais especificamente na quinta-feira (1), foi anunciada o fim da parceria entre Lewis Hamilton e a Mercedes. A equipe alemã anunciou a saída do piloto britânico ao fim da temporada 2024. Hamilton vai para a escuderia italiana Ferrari em 2025. Na data do anúncio, os papéis da Ferrari (RACE) fecharam em alta de 12,58%, a US$ 389,45. Desde então, as ações da montadora italiana de carros super esportivos devolveu boa parte dos ganhos. No entanto, o balanço da Ferrari para o quarto trimestre de 2023 mostra que a montadora tem potencial para acelerar em 2024.

“Foram dias loucos, cheios de uma série de emoções. Mas como todos vocês já sabem, depois de incríveis 11 anos na Mercedes, chegou a hora de começar um novo capítulo na minha vida e ingressarei na Ferrari em 2025”, escreveu Hamilton em suas redes sociais no último sábado (3).

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A mudança causou surpresa. Isso porque o britânico de 39 anos tinha contrato com a equipe alemã até o fim de 2025. Porém, rompeu o vínculo para substituir Carlos Sainz já no próximo ano.

Com o anúncio, Hamilton será o primeiro piloto negro a representar a escuderia italiana em uma Fórmula 1. O automobilista sucede uma lista de nomes que se consagraram na Ferrari, como o alemão Michael Schumacher, o espanhol Fernando Alonso e o finlandês Kimi Räikkönen.

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A seguir, conheça a história do piloto de Fórmula 1 mais bem-sucedido da história. Hamilton conta com 103 vitórias e 104 pole positions; entretanto, não vence desde dezembro de 2021.

Lewis Hamilton e a Fórmula 1 

O piloto britânico Lewis Hamilton iniciou a carreira na Fórmula 1, em 18 de março de 2007, correndo pela McLaren, no Grande Prêmio da Austrália. Em sua primeira corrida, ficou em terceiro lugar. Já na temporada de estreia, o piloto conquistou o segundo lugar do campeonato.  

A sua primeira vitória foi no Grande Prêmio do Canadá de 2007. Em janeiro de 2008, a McLaren renovou o contrato de Hamilton, estendendo-o até 2012.

Em 2008, foi campeão mundial da Fórmula 1, o mais novo de todos os tempos, com apenas 23 anos, além de ter sido o primeiro campeão negro na competição.

Hamilton na Mercedes 

Em 2012, ele trocou de escuderia e se tornou piloto da Mercedes. Pela equipe, venceu outros seis campeonatos: 2014, 2015, 2017, 2018, 2019 e 2020.

“Ainda me lembro da sensação de dar um salto de fé no desconhecido quando entrei pela primeira vez na Mercedes em 2013. Sei que algumas pessoas não entenderam isso na época, mas eu estava certo em tomar a decisão e é a sensação que tenho novamente agora. Estou animado para ver o que posso trazer com esta nova oportunidade e o que podemos fazer juntos”, afirmou Hamilton sobre a parceria com a Ferrari.

O britânico disse ainda que se sente “incrivelmente afortunado depois de conseguir coisas com a Mercedes que só poderia ter sonhado quando era criança, agora tenho a oportunidade de realizar outro sonho de infância. Dirigindo a vermelha Ferrari”.

Porém, Lewis Hamilton, em sua declaração publicada nas redes sociais, frisou que neste momento não está pensando em 2025″.

“Meu foco está na próxima temporada e em voltar à pista com a Mercedes. Estou mais motivado do que nunca, mais em forma e mais focado do que nunca e quero ajudar a Mercedes a vencer mais uma vez. Estou 100% comprometido com o trabalho que preciso realizar e determinado a encerrar minha parceria com a equipe em alta”, destacou ele.

Qual é o salário de Hamilton na Ferrari?

Na Ferrari, o inglês vai receber US$ 100 milhões por temporada (R$ 500 milhões). Serão US$ 80 milhões (R$ 400 milhões) como salário e US$ 20 milhões (R$ 100 milhões) como bônus para o “Mission 44”, iniciativa do heptacampeão que apoia a inserção de jovens de minorias sociais no automobilismo. 

Hamilton assinou um contrato de duas temporadas com opção de mais uma com a equipe italiana, que, assim, vai transformá-lo no piloto mais bem pago da atualidade na Fórmula 1. 

A infância de Lewis Hamilton 

Lewis Hamilton nasceu no dia 7 de janeiro de 1985 na cidade Stevenage, no sul da Inglaterra. Ele começou a correr de kart ainda criança, quando, aos 6 anos, ganhou um carro do pai de presente de Natal. Aos 8 anos, ele começou a competir e seu talento chamou a atenção.   

Aos 11 anos, venceu a série McLaren Champion of the Future, patrocinada pela equipe de Fórmula 1. Dois anos depois, no ano de 1998, Ron Dennis, então chefe da equipe da McLaren, ligou para Hamilton e o contratou para o programa de desenvolvimento de pilotos da montadora.  

Para poder manter o filho nas disputas, o pai de Hamilton trabalhava em três empregos diferentes.

Aos 15 anos, o garoto subiu para a Fórmula A, hoje KF1, competição mais importante do kart. Em um dos campeonatos, nas etapas finais, Hamilton precisou pilotar com o pulso quebrado, resultado de uma queda da bicicleta. Mesmo assim saiu vencedor.   

Lewis Hamilton começou sua carreira no automobilismo na Fórmula Britânica Renault Winter Series de 2001. Assinou contrato com a McLaren e estreou na Manor na Fórmula 3 Euro Series de 2004. 

Balanço da montadora Ferrari

Não foi só a contratação de Lewis Hamilton que ajudou na performance das ações da Ferrari na última quinta-feira. Contribuiu também os resultados do balanço da montadora do quarto trimestre de 2023. Apesar de decepcionar com a receita, a fabricante de carros esportivos de luxo apresentou lucros acima do esperado pelo mercado e perspectiva de expansão de receita e lucros neste ano.

A Ferrari anunciou ter fechado o ano de 2023 com lucro recorde de 1,257 bilhão de euros (cerca de R$ 6,722 bilhões). O faturamento da escuderia teve um salto de 17,2% em comparação a 2022, subindo para 5,97 bilhões de euros. Os valores são fruto da venda de 13.663 unidades.

“Temos agora um ano muito importante pela frente na execução do nosso plano de negócios, que continua dentro do cronograma ao longo de seu caminho cuidadosamente planejado”, disse o CEO da Ferrari, Benedetto Vigna, em um comunicado. “Os resultados recordes para 2023, as ambições que temos para 2024, juntamente com a visibilidade excepcional na nossa carteira de encomendas, permitem-nos olhar para as metas de topo para 2026 com maior confiança”, completou ele.

Apesar da alta da quinta-feira, no dia seguinte os papéis da Ferrari fecharam em baixa de 2,62%, a US$ 379,25. Nesta segunda-feira, outra queda, desta vez de 1,98%, com a ação encerrando o dia a US$ 371,74.

Vale a pena comprar ações da Ferrari?

De acordo com 14 analistas de Wall Street, o preço-alvo médio da ação da Ferrari (RACE) é de US$ 389,36, com previsão máxima de US$ 456 e previsão mínima de US$ 307,99. Os dados foram reunidos pela TipRanks, empresa de tecnologia financeira que usa inteligência artificial para analisar dados financeiros para fornecer ferramentas de pesquisa de mercado de ações para investidores de varejo.

Dos 14 analistas, seis recomendam a compra das ações da Ferrari e oito têm avaliação neutra para os papéis.

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