Tom Brady conversa com Gisele Bündchen sobre aposentadoria. Você também fala de finanças com a família?
Entenda a importância de falar sobre dinheiro em casa
Na última semana, Tom Brady e Gisele Bündchen ganharam destaque nos noticiários. Em entrevista ao podcast “Let’s go”, o jogador falou, aos 44 anos, sobre sua aposentadoria. Segundo Tom, o tema foi conversado em família, junto com Gisele e os filhos. A notícia levantou a discussão sobre a importância de falar sobre dinheiro dentro de casa.
“A maioria dos casais não faz isso, seja para falar sobre aposentadoria ou outros assuntos que envolvam finanças. Isso é uma das grandes causas de divórcio, inclusive. São duas pessoas que vieram de históricos diferentes, com famílias que lidam com dinheiro de maneira diferente. Então é muito importante discutir sobre o tema, ter um orçamento e poupar em conjunto”, ressalta Roberto Agi, sócio da Alta Vista Investimentos e planejador financeiro CFP.
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Quando e como falar sobre finanças em casal?
Quanto antes melhor. “O primeiro passo é discutir sobre os objetivos em comum. O ideal é dividir esses sonhos em curto, médio e longo prazo, como a compra de um carro, de uma casa ou aposentadoria”, explica Roberto. A partir disso, é possível construir um orçamento. “Ninguém consegue se planejar sem saber quanto gasta, quanto ganha e dividir isso em categorias. É importante para o casal ter objetivos claros e se organizar para atingi-los. Pode ser que seja necessário diminuir alguns gastos e ajustar as finanças no caminho”, explica o planejador.
E a aposentadoria?
A aposentadoria nada mais é do que uma das “caixinhas” de sonhos e objetivos do casal. “Costumo chamar de independência financeira. Cada casal pode ter uma meta de vida envolvendo essa independência: parar de trabalhar, trabalhar por hobby, morar em lugar mais tranquilo… Quanto antes o casal começar a discutir sobre o tema, melhor, já que o tempo está a nosso favor. É importante entender o quanto o casal precisa acumular para ter essa independência. E aí, entra naquela organização das finanças e do orçamento”, explica Roberto.
Onde investir?
Depende do objetivo e do prazo. É importante fazer a divisão das metas justamente para considerar o risco e liquidez do investimento. Para a reserva de emergência do casal, por exemplo, o ideal é investir em opções que possam ser resgatadas facilmente.
“Para os objetivos de curto prazo, indico produtos com baixo risco e muita liquidez, como títulos públicos. Já para as metas de médio prazo, pode ter um pouco dos dois. Objetivos de longo prazo podem se encaixar em produtos com baixa liquidez e um risco mais alto, já que você pode suportar um período ruim e com mais volatilidade. São ativos que prometem um retorno mais alto no longo prazo”, ressalta Roberto.